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Além do motim na Casa de Passagem, de Vila Velha, que entra neste domingo no seu quinto dia, detentos de outras duas unidades prisionais do Espírito Santo se rebelaram no fim da tarde deste sábado. No presídio de Segurança Máxima, em Viana, parentes dos presos estão sendo mantidos reféns. Em Linhares, no norte do estado, os detentos também estão rebelados e fazem 50 pessoas - entre mulheres e crianças - reféns.

O motivo das três rebeliões seria o mesmo. Os detentos exigem a transferência imediata de cinco criminosos de alta periculosidade, que estão sob custódia da Polícia Federal. Entre eles, o traficante Antônio Marins, o Toninho Pavão.

Na Grande Vitória, quatro pessoas ainda são mantidas reféns no presídio de Vila Velha. Na tarde deste sábado, um refém foi libertado. Manoel Anastácio Ribeiro, de 68 anos, pastor da Assembléia de Deus, foi o terceiro refém a sair do presídio desde que a rebelião começou, na quarta-feira. Mais cedo, Amália Erde Mann Glauq, de 53 anos, foi liberada para receber cuidados médicos.

Os amotinados também liberaram neste sábado dois presos, um de 19 e outro de 22 anos, que também precisam de cuidados médicos. Na quinta-feira, a refém Maria Alves do Carmo, de 68 anos, que faz trabalho social no presídio, fora liberada.

Desde o início do motim, um preso morreu asfixiado durante incêndio dentro da unidade. Quatro outros se jogaram do último andar do prédio com medo das ameaças feitas pelos colegas. O clima ficou tenso durante todos os dias.

Nesta sexta-feira, os presos radicalizaram o movimento e por duas vezes deixaram um dos reféns de cabeça para baixo por mais de 15 minutos. O agente penitenciário escolhido foi agredido com socos e ficou pendurado do lado de fora do último andar da cadeia, a cerca de 10 metros de altura, enquanto os presos exigiam água, comida e remédio. Por telefone, os detentos afirmaram que só liberam todos os reféns se o governo do estado transferir cinco presos de alta periculosidade que estão sob custódia da Polícia Federal para uma das cadeias do sistema prisional capixaba.

O Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar acompanhou toda a movimentação do lado de fora do Complexo Penitenciário de Vila Velha. Os amotinados exigem negociar apenas com os secretários de Segurança Pública, Evaldo Martinelli, e de Justiça, Angelo Roncalli.

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