
O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), exonerou ontem o secretário de Assuntos Metropolitanos, Manassés Oliveira. Também foram demitidos o superintendente Raul DAraújo Santos, lotado na mesma pasta, e Alexandre Gardolinski, gestor público da Secretaria Municipal do Trabalho.
Oficialmente, a administração municipal não informou o motivo das exonerações e afirmou que somente hoje prestará esclarecimentos sobre o caso. As demissões, no entanto, estariam relacionadas a um vídeo em que os três ex-funcionários aparecem em situação constrangedora, durante a eleição do ano passado.
Polêmica
No pleito de 2008, Manassés e Gardolinski eram candidatos a vereador pelo PRTB, que apoiava o deputado estadual Fábio Camargo (PTB) na disputa a prefeito. Dois meses antes da eleição, entretanto, eles e mais 29 outros candidatos do PRTB abriram mão de concorrer a uma vaga na Câmara Municipal e decidiram apoiar o PSDB e o prefeito Beto Richa, que tentava a reeleição.
Todos alegaram que a ata da reunião que definiu a aliança com o PTB, seguindo decisão nacional, teria sido falsificada pela liderança estadual do PRTB. A Polícia Federal, inclusive, indiciou o presidente do partido no Paraná, Marino José Teixeira, por apresentar à Justiça Eleitoral um documento divergente do que foi assinado pelos membros do partido, que tinham decidido pelo lançamento de Marinete Silva como candidata própria à prefeitura.
A Justiça Eleitoral, porém, havia impugnado a candidatura de Marinete, em virtude da aliança já firmada entre PRTB e PTB. Dessa forma, os 31 postulantes a vereador renunciaram à candidatura e se desfiliaram do partido. A maior parte deles formou o Comitê Lealdade em apoio a Beto Richa, que foi comandado por Alexandre Gardolinski, um dos funcionários exonerados ontem.
Procurado pela reportagem, o ex-secretário Manassés Oliveira afirmou que irá repensar sua carreira política e que pode voltar a atuar na Força Sindical, da qual está licenciado desde que assumiu o cargo na prefeitura.



