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Avenida Pualista foi o principal palco da manifestação em São Paulo. | Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas
Avenida Pualista foi o principal palco da manifestação em São Paulo.| Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas

A Polícia Militar (PM) informou no início da noite deste domingo (16) a presença de 350 mil pessoas na manifestação da Avenida Paulista. O número é superior ao que foi verificado no ato do dia 12 de abril, quando foi registrada a presença de 275 mil pessoas, mas inferior ao do protesto do dia 15 de março, que teve 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar.

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Ainda de acordo com a PM, não houve registro de incidentes. Desde o início da tarde, milhares de manifestantes gritavam palavras de ordem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, contra o PT e contra o ex-presidente Lula. Há também muitas mensagens de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pela maior parte dos processos relacionados à Lava Jato.

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Tanto nas ruas quanto nas redes sociais, as pessoas manifestaram de forma irônica e criativa

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Por volta de 11h30, os dois sentidos da avenida foram bloqueados para a passagem de veículos. Nove carros de som foram espalhados pelo local. Um grupo pediu intervenção militar no país.

Até o meio da tarde, o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos organizadores do ato, também não tinha uma estimativa do número de participantes. “Eu acho que o pessoal vai se acostumando, se acomodando com a situação, esse é o problema do brasileiro”, afirmou Marcos Antônio de Castro, de 61 anos, que participou de todos os protestos contra o governo realizados neste ano, em São Paulo.

Renúncia de Dilma

O jurista Miguel Reale Jr. pediu, em ato na Avenida Paulista, a renúncia da presidente Dilma Rousseff. Ele discursou no caminhão do Vem Pra Rua, outro movimento que organizam a manifestação. “Somos contra o golpe que essa camarilha liderada pelo Lula e pelo José Dirceu querem dar no povo.”

Reale, ex-ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso, disse que as pessoas que estão nas ruas devem pressionar o Congresso, “se for necessário”. “Dilma, saia, por favor, e nos livre dessa camarilha”, discursou.

Na avenida Paulista, em São Paulo, o líder do MBL Renato Batistta, acusou o presidente do Senado, Renan Calheiros e o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de fazer “acordo contra a saída da Dilma”. “Vão afundar junto com ela”, discursou.

No local, havia cartazes pedindo a saída de Janot e de Calheiros, mas nenhum com menções ao Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Batistta ironizou o teor de uma conversa que teve na semana passada com o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP ), ocasião em que parlamentar, que é acusado de corrupção, teria dito que “Dilma é correta”. Segundo Batistta, isso é prova de que a presidente não pode continuar no cargo.

O ato não intimidou o comércio local, e shoppings funcionaram normalmente. Muitos dos manifestantes, inclusive, paravam para comer e descansar nos centros comerciais. Ao mesmo tempo, ambulantes vendiam água de coco, pipoca, churrasco, balão, camisetas e apitos.

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