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pacote da discórdia

Manifestantes invadem a Assembleia e votação do “pacotaço” é suspensa

Presidente do Legislativo pretende retomar a sessão na tarde de hoje, o que dependerá da liberação do plenário por parte dos manifestantes

Protesto democrático não pode incluir danos a bens públicos | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Protesto democrático não pode incluir danos a bens públicos (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)
Protestos foram dirigidos ao governador Beto Richa |

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Protestos foram dirigidos ao governador Beto Richa

Manifestantes que estavam nas galerias invadiram o plenário |

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Manifestantes que estavam nas galerias invadiram o plenário

Na parte de fora da Assembleia, milhares de servidores |

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Na parte de fora da Assembleia, milhares de servidores

Houve empurra-empurra na frente da Assembleia |

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Houve empurra-empurra na frente da Assembleia

Protesto contra a terceirização dos serviços |

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Protesto contra a terceirização dos serviços

Manifestantes protestam contra Nelson Justus |

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Manifestantes protestam contra Nelson Justus

Professores pressionam o ex-deputado Valdir Rossoni |

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Professores pressionam o ex-deputado Valdir Rossoni

A votação do "pacotaço" do governo estadual com medidas impopulares ao funcionalismo público foi interrompida na tarde de ontem na Assembleia Legislativa e não há previsão de quando ela será retomada. Servidores estaduais contrários às propostas do governo invadiram o plenário da Assembleia após os deputados aprovarem a formação de uma comissão geral para votar os projetos, o chamado "tratoraço". Apesar de alguns itens do mobiliário da Assembleia terem sido quebrados na ocupação, não houve confronto com a polícia.

Vídeo: veja como foi a invasão na Assembleia

Confira galeria de fotos do protesto e da sessão de votação do "pacotaço"

Veja o passo a passo da sessão na Assembleia

Até o fechamento desta edição, os manifestantes ocupavam o plenário e pretendiam passar a noite no local. Uma reunião de líderes estava marcada para as 10h de hoje. O presidente Ademar Traiano (PSDB) informou que a ideia é retomar a sessão nesta tarde, o que dependerá da liberação do plenário. Os manifestantes comunicaram que só vão sair se o projeto for retirado de pauta.

O Executivo previa dificuldades na aprovação do "pacotaço", e o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), apresentou um substitutivo alterando alguns pontos polêmicos. Entre os pontos que foram retirados estão o fim do quinquênio e anuênio e propostas que dificultavam que professores tirassem licenças e se ausentassem das salas de aula por motivos de saúde.

Entretanto, o artigo que permitia que o governo usasse recursos da Paranaprevidência, que banca as aposentadorias dos servidores do estado – uma poupança de cerca de R$ 8 bilhões –, foi mantido. Pela proposta, o governo poderá retirar R$ 250 milhões do fundo por mês. Este era um dos pontos questionados por servidores, que temem que a medida acarrete na falência do fundo.

Sessão tensa

A sessão foi tensa desde o princípio. Cerca de 300 manifestantes ocupavam as galerias do plenário, pedindo que os projetos fossem rejeitados pelos deputados. Do lado de fora, milhares de servidores, a maioria deles professores, acompanhavam a sessão.

Antes de discutir o projeto, os deputados precisavam aprovar um requerimento que transformava a sessão ordinária em comissão geral – o "tratoraço". Os projetos foram apresentados na semana passada e não foram discutidos pelas comissões permanentes da Assembleia, que nem sequer foram formadas nesta nova legislatura. Logo, só estariam aptos para debate em plenário neste regime de votação.

Por volta das 17h50, o requerimento pedindo a transformação do plenário em comissão geral foi votado pelos deputados. A proposta foi aprovada por 34 votos a 19 – um indicativo de que os deputados pretendem aprovar a proposta do governador Beto Richa (PSDB). Assim que os deputados tomaram essa decisão, os manifestantes que estavam do lado de fora derrubaram o portão e invadiram o prédio da Assembleia.

Durante a invasão, os manifestantes arrombaram uma porta e quebraram os vidros da sala de imprensa, que fica atrás do plenário. Também foram danificados equipamentos da TV Sinal, a tevê interna, e o painel de votação. Não houve confronto com os policiais. Após a ocupação, os servidores limparam o plenário.

Assim que foi comunicado da invasão, Ademar Traiano determinou a suspensão da sessão. Minutos depois, os manifestantes já ocupavam o plenário. Os deputados da base aliada se refugiaram em uma sala no mesmo prédio, e foram escoltados pela polícia até o prédio onde ficam os gabinetes.

Veja, sem cortes, a invasão ao plenário da Assembleia

Manifestantes invadiram o plenário após os deputados aprovarem a formação de uma comissão geral para debater o "pacotaço" de medidas de austeridade do governo estadual.

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