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crise política

Marcelo Castro pede demissão do Ministério da Saúde

Decisão foi tomada após ministro perder respaldo da bancada do PMDB na Câmara

Passagem de Marcelo Castro pelo Ministério da Saúde foi pautado por polêmicas. | Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Passagem de Marcelo Castro pelo Ministério da Saúde foi pautado por polêmicas. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Fotos Públicas)

Penúltimo peemedebista no ministério da presidente Dilma Rousseff, chegou a vez do ministro da Saúde, Marcelo Castro, abandonar o barco. Ele entregará ainda nesta quarta-feira (27) sua carta de demissão à presidente, após ter perdido o apoio da bancada na Câmara para permanecer no cargo.

Na semana passada, Eduardo Braga (Minas e Energia) e Hélder Barbalho (Portos) entregaram seus cargos e o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) decidiu não retornar ao Ministério de Ciência e Tecnologia, depois de ter sido exonerado para votar contra o impeachment.

Já havia ficado definido que Marcelo Castro também deixaria o ministério no movimento de afastamento do PMDB do governo Dilma, após a aprovação do impeachment na Câmara . Com isto, Kátia Abreu passa a ser a única ministra remanescente do PMDB. Porém, por ser “cristã nova” no partido, ela não é considerada uma indicação peemedebista, mas uma escolha pessoal da presidente Dilma.

Ontem, Castro conversou com o chefe de gabinete de Dilma, Jaques Wagner, e comunicou sua decisão. O ministro disse a Wagner que os deputados peemedebistas que o haviam indicado para o cargo deixaram de respaldar seu nome após a aprovação do impeachment na Câmara. Com isto, afirmou o ministro, perdeu as condições de permanecer na vaga.

A demissão deve ser publicada em edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira. Segundo integrantes do governo, por hora, deve assumir o comando da pasta o secretário-executivo, Agenor Álvares.

A decisão de Castro e de Pansera foi tomada na semana passada após conversa com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que os comunicou que a bancada retirou o respaldo às indicações de seus nomes após a votação do impeachment. Como a bancada de deputados decidiu, por ampla maioria, apoiar o afastamento de Dilma Rousseff, Picciani considerou que a permanência no governo não seria coerente.

“Conversei com Marcelo Castro e Celso Pansera e disse que achava que eles não deveriam ficar, porque tinham sido indicados pela bancada e, nesse momento, não há mais respaldo da bancada. Eles já cumpriram as responsabilidades deles com o governo e com o país e, agora, devem retornar à Câmara”, disse Picciani ao jornal O Globo.

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