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Tribunal Superior Eleitoral

Marco Aurélio se irrita com colega que diz que TSE finge aprovar contas

As declarações do ministro Caputo Bastos, do Tribunal Superior Eleitoral, de que os políticos fingem que prestam contas e o tribunal finge que aprova, azedaram o clima no TSE. Irritado com as declarações do colega, dadas em seminário sobre reforma política realizado no Rio na semana passada, o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, disse que Caputo Bastos não fala em nome do TSE e não deveria estar no tribunal se finge aprovar contas.

- Só posso imaginar que o Rio de Janeiro leva ao delírio, tendo em conta o que ele veiculou. Não estou no tribunal para fingir coisa alguma. Se ele finge, está no local errado. Se ele finge, está claudicando na arte de proceder e esta não é a postura dos demais integrantes do tribunal. Quem fala pelo TSE é o presidente do TSE - afirmou Marco Aurélio.

O ministro fez questão de lembrar como se deu o julgamento das contas da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, 26 técnicos trabalharam sobre a supervisão do secretário de controle interno do tribunal, durante 72 horas ininterruptas. Ele lembrou que o TSE tinha um prazo mínimo para analisar as contas, já que Lula teria que ser diplomado. Os técnicos detectaram problemas na prestação, o PT chegou a retificar, mas mesmo assim permaneceram vícios e os técnicos opinaram pela reprovação.

- O colegiado reprovou as contas do comitê do presidente Lula, tendo em conta doação espúria. O colegiado aprovou as contas do presidente, contra o meu voto, porque admitiu uma transferência de um passivo de R$ 10 milhôes, gastos a descoberto para o partido. E as contas do adversário tucano, Geraldo Alckmin, estão em exame ainda, mas já na primeira fase de exame caíram em exigência e teremos a retificadora - acrescentou o ministro, para demonstrar que há rigor no exame das contas.

Marco Aurélio comentou ainda que, no caso da prestação de contas de partidos sobre o uso do fundo partidário, o trabalho conta com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU). Em 2006, o TSE julgou 31 contas de partidos, aprovou 14 delas, aprovou uma com ressalva, desaprovou 10 e três partidos não prestaram contas. Das 10 desaprovadas, três pediram reconsideração, mas tiveram o pedido negado. Em 2007 foram realizados oito julgamentos: as contas de cinco partidos foram aprovadas, de dois foram desaprovadas e um não prestou contas. O partido que tem a conta desaprovada perde o dinheiro do fundo.

- Estamos atuando em conjunto com o TCU, atuado com rigor nas contas dos partidos e temos rejeitados inúmeras contas de partido, com voto do Caputo - disse Marco Aurélio.

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