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O publicitário Marcos Valério esteve nesta quinta-feira na Procuradoria-Geral da República, conversando com Antônio Fernando de Souza, procurador-chefe, sobre o envolvimento do publicitário e de suas empresas nas denúncias de pagamento de propina a parlamentares.

O Ministério Público Federal confirmou a visita, mas os detalhes da conversa são sigilosos. Contudo, já se sabe que Marcos Valério pediu benefícios como réu, caso venha a ser condenado, em troca de colaboração nas investigações. Ele também pediu proteção policial.

Segundo o Ministério Público, a audiência durou uma hora. Mas a assessoria de Marcos Valério confirma que ele esteve na Procuradoria por oito horas e que deixou documentos importantes com o procurador.

Documentos contábeis da agência de publicidade DNA, de propriedade de Valério, foram apreendidos nesta quinta-feira em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A operação era para cumprir mandado de prisão contra o carcereiro aposentado da Polícia Civil Marco Túlio Prata, suspeito também de tráfico de armas. No quintal da casa de Marco Túlio os policiais encontraram dois tonéis com documentos parcialmente queimados, que tinham o timbre da empresa DNA. Outras dez caixas com documentos da empresa, entre eles centenas de notas fiscais, foram encontradas durante a operação. Todo o material foi lacrado para perícia. Segundo os policiais, Marco Aurélio Prata, irmão do carcereiro, é um dos donos da empresa Prata Contabilidade, que presta serviços à DNA.

A CPI dos Correios aprovou a ida da senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) e dos deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Onix Lorenzoni (PFL-RS) a Belo Horizonte para acompanhar a investigação.

- Há uma grande suspeita de que o empresário Marcos Valério está eliminando documentos que comprometem as investigações da CPI. Temos que acompanhar de perto o que está se passando em Belo Horizonte - disse Heloisa Helena.

A CPI pretende requisitar os documentos para anexar às investigações sobre a atuação de Marcos Valério e suas empresas de publicidade, que mantinham contratos com estatais do governo federal.

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