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Dia do fico

Meirelles desiste de ser vice e continua no BC

Sem apoio no PMDB para compor chapa com Dilma Rousseff, presidente do Banco Central não disputará as eleições e ficará no governo até o fim do ano

 | Walter Campanato/ABr
(Foto: Walter Campanato/ABr)

Brasília - Após encontrar-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, anunciou ontem que ficará no cargo até o fim do governo. Com essa decisão, Meirelles, que é filiado ao PMDB de Goiás, não disputará nenhum cargo nas eleições de outubro. "Ficarei no Banco Central visando garantir estabilidade da economia brasileira em um ano cheio de desafios", afirmou.

Meirelles, que ocupa a presidência da autoridade monetária desde o início do governo Lula, em 2003, foi cotado para se candidatar ao governo de Goiás ou a uma vaga de senador. Mas ele pretendia mesmo ser vice na chapa da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Apesar disso, o presidente do Banco Central não encontrou apoio nem mesmo dentro de seu partido, que deve indicar o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (SP), para a vaga de vice na chapa de Dilma.

Nos bastidores, especulava-se que Lula teria preferência por Meirelles para ser vice de Dilma. Mas teria recuado diante da pressão da cúpula peemedebista, comandada por Temer. Mei­­­relles, embora filiado ao PMDB, só ingressou na legenda no ano passado.

Apelo presidencial

"Resolvi atender ao pedido do presidente Lula", afirmou Mei­­­relles. Meirelles se reuniu na terça-feira com Lula para definir seu futuro político, e afirmou que ouviu do presidente o pedido para que ficasse no BC. Desde então, foram dois dias de expectativa para o anúncio de sua decisão.

"Nunca tive ambições políticas. Considero a opção política com toda seriedade, como uma maneira, um caminho para fazer um trabalho de consolidação da estabilização da economia brasileira", afirmou.

Momento econômico

De acordo com Meirelles, ele poderá "colaborar mais" ficando no Banco Central. "Im­­­portante é concluir a administração, de maneira que esteja ainda mais solidificado esse momento econômico", disse. O presidente disse ainda que poderá fornecer algumas "ideias econômicas" ao PMDB, partido ao qual se filiou em se­­tembro de 2009.

Meirelles afirmou não estar chateado com uma possível falta de apoio que enfrentou para formar chapa com Dilma. "Fiquei sempre muito honrado com a lembrança de muitas pessoas do meu nome como uma possibilidade, muito honrado de receber esse tipo de manifestação. É uma homenagem do meu trabalho no BC", afirmou.

Ministro da Fazenda

Segundo ele, o presidente Lula o agradeceu muito pela decisão. A ministra Dilma já foi informada, e, segundo Meirelles, concordou com sua escolha. Nos corredores de Brasília, corre o rumor ainda que Lula teria assegurado a Meirelles, caso Dilma seja eleita para a Presidência, um cargo no alto escalão: o de ministro da Fazenda.

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