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Notas políticas

Menos

"O Mamede chegou agora e nem sabe o que está falando. Os deputados têm de estudar a Casa antes de assumir."

Hermas Brandão, presidente da Assembléia Legislativa, irritado com o deputado eleito Mohamed Hanze (PMDB), que disse que a Casa tem 2.400 funcionários.

Menos – Segundo Brandão, a Assembléia tem só 460 funcionários – fora os comissionados – e está enxuta. Ele diz que a polêmica sobre a convocação extraordinária não faz sentido porque os deputados estão recebendo até menos do que deveriam. Em maio de 2006, o Congresso Nacional reajustou as verbas de ressarcimento dos parlamentares, mas o aumento não vigora no Paraná. "Cada um está recebendo R$ 6 mil a menos por mês", afirma.

Exemplo – Os R$ 19 mil que cada deputado recebeu pela convocação extraordinária voltou a gerar polêmica na sessão de ontem. O deputado José Domingos Scarpelini (PSB) retalhou o petista Tadeu Veneri, que prometeu abrir mão da verba. "O senhor, como grande moralista, abre mão dessa verba pequena, mas não abriu mão de receber nos quatro anos de mandato R$ 1,3 milhão de verbas de ressarcimento", criticou.

Confusão – Veneri rebateu que não poderia abrir mão das verbas de ressarcimento porque são usadas para pagar despesas de seu mandato, como viagens, telefone e energia elétrica. "Uma coisa é comprovar gastos para receber os recursos, outra é uma convocação totalmente desnecessária", disse. Para o petista, os deputados estão misturando "meia com gravata".

Secreto – A Assembléia quer barrar a intenção do governo do estado de divulgar nos meios de comunicação a lista de devedores de ICMS. O projeto do Código de Defesa do Contribuinte do Estado vai receber parecer hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se depender do presidente, Durval Amaral (PFL), o artigo da lei não passa. "É um absurdo porque afronta o sigilo fiscal do contribuinte", diz.

Oposição – O vereador e deputado estadual eleito Fábio Camargo (PFL) procurou o líder da oposição no Legislativo do estado, Valdir Rossoni (PSDB), e o prefeito Beto Richa (PSDB) para tratar do assunto "ser oposição ao governador Roberto Requião (PMDB)". Segundo ele, a união com os tucanos para fiscalizar o governo paranaense é fato.

Paz e amor – Roberto Requião (PMDB) resolveu, definitivamente, ser um aliado fiel do presidente Lula (PT). Ele foi um dos poucos governadores que não criticaram o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado ontem pelo governo federal. "Eu não diria que tudo foi contemplado, mas é um importante passo, uma importante iniciativa", disse Requião.

Pedidos – Ao contrário de Requião, a maioria dos governadores ficou insatisfeita com o PAC. Tanto que decidiram construir uma pauta de sugestões de propostas para o pacote, que será apresentada na próxima reunião com Lula, agendada para 6 de março. Antes disse, alguns governadores voltam a se reunir na próxima segunda-feira, em Brasília. Participarão do encontro representantes das cinco regiões do país. Do Sul, vai a governadora gaúcha, Yeda Crusius (PSDB).

Atraso 1 – O Ministério Público do Paraná afirmou considerar "normal" que ainda não haja qualquer ação proposta contra a contratação de parentes do governador Roberto Requião (PMDB) e de seus secretários, mesmo havendo um pedido de investigação solicitado pelo presidente do PPS no Paraná, Rubens Bueno, que completará um ano no próximo dia 8 de março.

Atraso 2 – O Ministério Público informou ontem que "as investigações estão em curso, isto é, estão sendo analisadas e as provas já colhidas, bem como outras evidências que estão sendo coletadas". Para o Rubens Bueno, autor da ação, não há justificava para a lentidão. "O fato de haver nepotismo no governo é público e foi reconhecido pelo próprio governador", disse.

Para depois – O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) tinha afirmado que estaria ontem em Brasília reunido com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir a desapropriação da fazenda do deputado federal José Janene. Mas a audiência no ministério foi adiada para quinta-feira.

Pinga-fogo

O deputado estadual Jocelito Canto (PTB) interrompeu ontem o colega Tadeu Veneri (PT), que discursava no Legislativo e citava Karl Marx e Che Guevara, e pediu que o petista falasse em uma linguagem mais popular para que ele entendesse melhor do que se tratava ••• "Estou um pouco confuso e o senhor está filosofando. Isso está me complicando", afirmou Canto ••• As sessões extraordinárias da Assembléia podem continuar até às vésperas da posse dos deputados eleitos, em 1.° de fevereiro ••• O presidente Hermas Brandão (PSDB), que está se despedindo do mandato, diz não ter pressa em votar os projetos que estão na pauta.

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