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Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a avaliação sobre o governo Lula caiu desde dezembro, quando 57% consideravam o governo como "ótimo" ou "bom". Esse percentual agora é de 50%.

"Em dezembro, o governo atingiu o seu patamar mais elevado de menções 'bom' e 'ótimo', os resultados estavam inflados pela campanha eleitoral e pelo otimismo provocado pela reeleição", informou a CNI.

Na comparação com os primeiros seis meses do primeiro mandato, em junho de 2003, a aprovação do governo e o índice de confiança também caíram. Naquele mês, a aprovação sobre o governo era de 70%, contra 66% agora. O índice de confiança no presidente era de 76%, contra 61% em junho deste ano.

A avaliação do governo, no entanto, aumentou nessa mesma comparação. Pessoas que opinaram que o governo era "ótimo" ou "bom" eram 43% em junho de 2003. Agora são 50%.

O levantamento foi feito pelo Ibope com 2002 pessoas de todo o país entre os dias 28 de junho e 2 de julho. Ao mesmo tempo, porém, a desaprovação do governo Lula passou de 29% em abril para 30% dos entrevistados em junho. Pesquisa anterior

O índice de aprovação do governo federal subiu de 65% em abril para 66% em junho deste ano. Aqueles que consideraram o governo Lula como "ótimo" ou "bom" apresentaram pequeno aumento de abril, quando estavam em 49%, para esta última rodada da pesquisa em junho (50%). Aqueles que consideram o governo Lula "regular", por sua vez, ficaram estáveis em 33% em junho, ou seja, o mesmo percentual de abril. No caso dos entrevistados que consideram o governo "ruim" ou "péssimo", também houve estabilidade em 16%. Confiança no presidente

A confiança no presidente Luiz Inácio Lula da Silva também permanece elevada, segundo dados da pesquisa. Segundo o levantamento, aqueles que dizem confiar em Lula caíram de 62% em abril para 61% em junho deste ano. Por sua vez, os entrevistados que afirmaram não confiar no presidente da República subiram de 34% para 35%. "Em relação à abril, a oscilação negativa ocorreu dentro da margem de erro da pesquisa", informou a CNI, informando os dados indicam estabilidade. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Noticiário ruim

A população também entende, segundo a pesquisa divulgada nesta sexta, que o noticiário não tem favorecido o governo do presidente Lula. O levantamento mostra que caiu de 23% para 19% de abril para junho aqueles que consideraram as notícias mais recentes como "favoráveis" ao governo. Ao mesmo tempo, o índice dos que julgam que as notícias não são nem "favoráveis" nem "desfavoráveis" caiu de 40% para 29%. Os que acreditam que o noticiário piorou para o governo, por sua vez, subiram de 20% em abril para 39% em junho deste ano.

Foi perguntado ainda aos entrevistados quais notícias se destacaram recentemente no noticiário. As que mais foram apontadas foram as denúncias e acusações envolvendo o irmão do presidente da República, conhecido como "Vavá", com 31% das indicações. A crise nos aeroportos foi apontada por outros 14% dos ouvidos pelo Ibope. As viagens do presidente Lula foram apontadas por 3% e as ações da Polícia Federal por outros 3%. A afirmação da ministra do Turismo, Marta Suplicy (o famoso "relaxa e goza"), foi indicada por outros 2% dos entrevistados.

Atuação do governo contrabalança noticiário

Quando a avaliação é feita por áreas de atuação, porém, observa-se melhora em sete dos oito itens avaliados pela CNI. O levantamento mostra que a população está aumentando sua aprovação às políticas sociais do governo, por exemplo. Também subiu o índice de aprovação com relação às ações de combate à fome, na área de segurança pública, no combate à inflação, e na política para a taxa de juros.

As ações do governo para combater o desemprego também tiveram aumento de aprovação, assim como a política para o meio ambiente. No caso da política de impostos, porém, houve estabilidade. O diretor de Relações Institucionais da CNI, Marco Antônio Guarita, avaliou que é justamente essa melhora na avaliação por áreas específicas que contrapõe o noticiário negativo a respeito do governo (casos Vavá e crise aérea).

"Há uma percepção bastante generalizada que, setorialmente, as perspectivas são favoráveis. Apesar de ter crescido a avaliação negativa em outros aspectos, como o noticiário. Um índice de 30% para o caso Vavá e também a crise aérea, por exemplo, representam muita coisa. A melhor avaliação da atuação do governo contrabalançou o aspecto negativo do noticiário e, com isso, a avaliação ficou estável como um todo", explicou Guarita.

Segundo mandato

A pesquisa CNI/Ibope indica ainda que melhorou a expectativa da população em relação ao segundo mandato do presidente Lula. Aqueles que disseram que o segundo mandato está melhor do que o primeiro subiram de 30% em abril para 37% em junho deste ano. O índice de pessoas que afirmou que o segundo mandato está igual aos quatro primeiros anos do governo Lula passou de 49% para 41% em junho. Os que julgaram que Lula está pior neste segundo mandato, porém, também subiram: de 17% para 20%.

Nota média

Em todas suas pesquisas, a CNI/Ibope pergunta aos entrevistados qual nota dariam para o governo. Em junho deste ano, a nota média dada foi de 6,7 - a mesma do levantamento conduzido em abril. Deste modo, também houve estabilidade nesse item da pesquisa. Em dezembro do ano passado, data próxima ao final das eleições, a nota média chegou ao seu patamar máximo (7).

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