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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (4) não temer cobranças sobre o novo Código Florestal do país durante a Rio+20, apesar do texto, mesmo com vetos, estar sendo considerado um retrocesso por ambientalistas.

Na sexta-feira, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, criticou o texto aprovado pelo Congresso e que recebeu vetos da presidente Dilma Rousseff, classificados por Marina como "insuficientes".

Segundo Marina, o texto "é o maior retrocesso já visto na área de ambiental do país" e as melhorias ambientais conquistadas pelo Brasil, que serão apresentadas na reunião de junho, "são fruto do antigo código, que agora está sendo revogado".

Nitidamente irritada ao ser questionada se não temia que o assunto fosse levantado nas discussões do evento, que começa no próximo dia 13, no Rio de Janeiro, a ministra afirmou que será justamente o contrário.

"O Brasil vai mostrar na Rio+20 que não houve nenhuma redução de APP [Área de Preservação Permanente], não houve redução de reserva legal. Você me diga qual o país do mundo que tem propriedade privada com APP de reserva legal de 80%", respondeu.

Segundo a ministra, que participou da inauguração do Instituto Global para Tecnologias Verdes e Emprego, da Coppe/UFRJ, na Ilha do Fundão (RJ), o novo código garante que os grandes proprietários recuperem 100% da área desmatada e os pequenos tenham condições de recuperar, o que antes não era possível.

"O que o governo fez foi fazer com que os pequenos, que representam 24% da área agrícola desse país, tenham condições de recuperar [as áreas desmatadas], mesmo aqueles que a lei não obrigava a recuperar, e colocou os grandes para recuperar 100%", disse a ministra.

"Por isso não temo [a Rio+20], e acho que as pessoas deveriam se instruir melhor e conhecer melhor o Brasil", criticou os opositores do novo código.

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