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Padilha defendeu o julgamento rápido de Dilma. | José Cruz/Agência Brasil
Padilha defendeu o julgamento rápido de Dilma.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, reconheceu nesta quinta-feira (2) que há no governo a preocupação com a necessidade de garantir os 54 votos necessários para a conclusão do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Ele ainda disse que o presidente em exercício, Michel Temer, tem conhecimento de algumas manifestações de senadores indecisos ou que poderiam mudar de posição e votar contra o impeachment. Padilha destacou que, como ainda falta tempo para a votação, serão ouvidas “muitas manifestações”. Na votação da admissibilidade do processo de cassação de Dilma, em maio, 55 senadores (apenas um a mais que o necessário) votaram pelo afastamento por até 180 dias da presidente.

O ministro afirmou que o governo está acompanhando as manifestações e que pela sua experiência de “décadas de convivência” no Congresso Nacional há “muitas variáveis” até a votação. “Quando se pensa em tempo numa votação desse porte, uma hora antes da votação é quase uma eternidade”, afirmou Padilha. “Vamos ouvir muitas manifestações ainda que em tese não estávamos esperando que acontecessem.”

Padilha disse que, a despeito de modificações de opinião que possam ter ocorrido, “há um termo positivo” já que a Câmara e o Senado têm respeitado até agora a vontade da população brasileira. “O que a nação quer o Congresso acaba fazendo. Eu não tenho dúvida que não houve mudança na sociedade brasileira no que diz respeito a esse tópico”, afirmou.

Solução rápida

Segundo o ministro, para todas as partes envolvidas há o interesse de que o processo de impeachment seja resolvido o quanto antes. “Se consultássemos cada cidadão, ele diria que quer, sim, definir logo o processo e que esse período de transitoriedade do governo Temer acabe”, afirmou. “Se formos perguntar ao governo afastado, por óbvio. Para nós, governo Temer, interessa, sim, que o processo seja resolvido o mais breve possível, obedecendo as regras fixadas pelo Supremo Tribunal Federa.l”

Questionado sobre uma eventual reforma ministerial caso o governo Temer seja efetivado após um eventual afastamento definitivo de Dilma, Padilha esclareceu que as declarações dadas pelo presidente em exercício ontem ao deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) estavam dentro de um contexto.

Temer disse que só discutiria a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) após o impeachment. “O que disse o presidente foi circunscrito à questão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ele disse que depois de passada a votação final do impeachment, confirmado o afastamento, pode rever e não significa dizer que vai”, afirmou, destacando que essa possibilidade de revisão estaria limitada ao MDA.

Afago à base

Padilha disse ainda que a base de sustentação do governo no Congresso está correspondendo “plenamente” às expectativas, dando celeridade aos projetos importantes. “Temos convicção que temos base política para fazer as mudanças que temos que fazer”, afirmou.

Presente na coletiva, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, também destacou o apoio do Congresso para a aprovação de matéria econômicas importantes. “Temos boas perspectivas para aprovação de novas medidas que serão enviadas ao Congresso.”

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