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Na baixa temporada

Ministro da Defesa diz que crise aérea acaba em março

Após audiência na Câmara, Nelson Jobim disse que críticas de presidente da Anac são "demagógicas"

Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar (Foto: Roberto Custódio/JL)

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira (31), após audiência na Câmara dos Deputados, que espera o fim da crise aérea em março de 2008. "Eu marquei um prazo para mim mesmo: março. Março encerra o período de alta e começa o período de baixa. A partir de março, nós vamos ter o problema resolvido", disse em entrevista coletiva.

Ele explicou que o problema de segurança já está resolvido, reconhecendo as dificuldades do sistema, e que, agora, os problemas se concentram na regularidade dos vôos. "Nós temos uma capacidade física para atender. A capacidade física identificada, há pressão das empresas por aumento da demanda. Não podemos ceder à pressão porque a capacidade física não pode ser esgarçada, sob pena de ter problemas de segurança", advertiu.

Troca de acusações

O ministro prosseguiu rebatendo as críticas feitas pelo presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, que anunciou a renúncia ao mandato na Anac nesta quarta. Para Jobim, a afirmação de que o aumento da distância entre as poltronas das aeronaves vai aumentar o preço das passagens e retirar a população de baixa renda dos aeroportos é demagogia. "É uma frase demagógica, não e verdade. Absolutamente demagógico".

Jobim reafirmou que a fiscalização das empresas aéreas é leniente e acredita que, a partir de agora, com a chegada da economista Solange Vieira à presidência da Anac, a fiscalização será feita de maneira adequada.

Zuanazzi disse que não queria trabalhar com Jobim, e a resposta foi curta e direta. "Não deverá trabalhar mesmo porque o nosso trinômio é segurança, pontualidade e regularidade. Se esse trinômio não serve, viramos a página", disse o ministro.

O presidente demissionário da Anac informou que terá um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde para entregar o pedido de exoneração do cargo.

O ministro da Defesa informou ainda que, com a saída do dirigente gaúcho, o sistema de transporte aéreo do Brasil ganha nova roupagem e os nomes indicados por ele poderão assumir funções específicas na regulação do transporte aéreo. "Deseja que essa gestão seja exercida pela doutora Solange Viera [indicada para assumir o posto de Zuanazzi na presidência da agência]. A estrutura é fazer que o órgão coordenador seja a Secretaria de Aviação Civil, com um secretário e três diretores", ressaltou.

Previsão

O ministro da Defesa também destacou que as companhias aéreas passarão a integrar o gerenciamento do sistema do espaço aéreo para que seja mais fácil prever problemas de meteorologia, o que não estaria sendo feito até agora. "O problema de meteorologia é relativamente previsível. Então nós podemos gerenciar um cetro de gerenciamento com a informação eficaz das empresas. A informação é que as empresas não têm participado deste organismo", disse Jobim.

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