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O secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse nesta sexta-feira (14) que a pasta tem analisado formas de regulamentar a compra de gado para evitar a lavagem de dinheiro, segundo informações da Agência Brasil.

"Temos estudado mecanismos de regulamentação do setor para que possam se evitar que essas tipologias sejam usadas", afirmou, de acordo com a agência.

Segundo Tuma, a compra de gado vem sendo usada como forma de lavagem de dinheiro no país. "Essa questão de gado é realmente uma modalidade já identificada como lavagem, porque são coisas que você não tem como mensurar", explicou.

Reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" publicada nesta sexta afirma que um relatório da Polícia Federal aponta que o banqueiro Daniel Dantas, do banco Opportunity, teria lavado dinheiro por meio da compra de gado.

O jornal cita a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, que tem o banqueiro como um dos acionistas. A empresa está localizada no Pará e possui um rebanho de cerca de 400 mil cabeças de gado, distribuídas por cerca de 40 fazendas. A empresa foi constituída em 2004. Além de Dantas, a empresa tem como um dos sócios Carlos Rodenburg, cunhado do banqueiro e diretor do Opportunity.

Dantas e Rodenburg chegaram a ser presos na Operação Satiagraha e foram indiciados por gestão fraudulenta e formação de quadrilha em um dos inquéritos da operação.

De acordo com o jornal, Dantas chegou a reunir cerca de US$ 800 milhões em um fundo de investimento nas Ilhas Cayman. Parte do dinheiro teria retornado para o Brasil e sido aplicada em gado.

Lavagem

Segundo a reportagem, a lavagem de dinheiro com compra de gado é feita "inventando" o nascimento de novilhos e depois com a simulação de venda dessas cabeças, o que, em hipótese, garantiria uma origem legal para o dinheiro.

O G1 procurou a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara e a defesa de Dantas e aguarda resposta.

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