• Carregando...

Monalisa Fagundes do Nascimento, de 21 anos, ferida no atentado ocorrido na última sexta-feira na Rua 25 de Março, está lúcida. Ela saiu do coma no fim da tarde de sábado e poderá deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Servidor Público Municipal do Vergueiro na quarta-feira.

Familiares da vítima, que moram em Guarujá, puderam visitá-la durante meia-hora na tarde deste domingo. Monalisa, assim como milhares de consumidores, tinha ido com o namorado à Rua 25 de Março para compras de Natal.

- Ela não lembra do que aconteceu - contou o pai, o motorista de ônibus da Translitoral Carlos Fagundes do Nascimento, ao sair do hospital, acompanhado da outra filha, Mônica, de 27, e do namorado de Monalisa, Marcílio Rozeno da Silva, de 25.

Nascimento disse que a filha foi submetida a uma cirurgia na parte de trás da cabeça, devido ao traumatismo craniano. Segundo ele, Monalisa poderá passar por outra operação. Mas os médicos a deixarão três dias em observação na UTI para confirmar se existe esta necessidade. Conforme o pai, o hospital também não tem previsão ainda de quando a paciente terá alta e poderá ir para casa.

- Mas logo ela sairá da UTI e as pessoas vão poder visitar.

De acordo com Nascimento, os médicos disseram que a jovem está tendo uma recuperação acima das expectativas.

- Ela está normal e perguntou o que tinha acontecido e onde ela estava. Até quis saber se o hospital era pago, então acho que ela está bem, né?.

O namorado, que trabalha como vigilante, tem esperança de que ela tenha alta até a noite de Ano-Novo.

- Estava tudo certo para a gente passar o Natal junto, mas estou torcendo para no Ano-Novo ela estar lá comigo.

O rapaz contou que estava de mão dada com Monalisa, passando na calçada, quando ouviu a explosão.

- Foi muito rápido, nem tem como explicar. Foi uma correria e veio todo mundo ajudar. O socorro foi muito rápido, em minutos ela já estava no hospital. Se não fosse isso, acho que poderia ter acontecido coisa pior.

Os dois saíram do Guarujá de moto para comprar presentes na 25 de Março e chegaram ao local apenas 10 minutos antes da explosão. Marcílio também não consegue acreditar que este tipo de coisa tenha acontecido em um lugar lotado de gente como aquele. '

- A gente só vê estes atentados lá fora (no exterior).

O pai de Monalisa acha difícil encontrar os responsáveis.

- Acho que é o mesmo que procurar agulha no palheiro.

Ele ainda está atônito com o que ocorreu.

- Um lugar onde passam 1 milhão de pessoas por dia e acontece justo com minha filha. A gente nunca acha que estas coisas possam acontecer com a gente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]