
O juiz federal Sérgio Moro revogou a prisão preventiva de Guilherme Esteves, acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Ele estava preso desde o dia 27 de março acusado de tentar ocultar provas da Justiça. Apesar de ter sido solto, Esteves ainda responderá pela tentativa de atrapalhar as investigações. A soltura está condicionada ao pagamento de uma fiança de R$ 500 mil.
Durante a 9ª fase da Lava-Jato, batizada de “My Way”, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa de Esteves. Na ação, os agentes apreenderam documentos e imagens do circuito interno de segurança da residência.
Um mês depois, os investigadores viram as imagens do circuito interno da casa do operador que flagraram Lilia, esposa de Esteves, deixando a residência pelas portas dos fundos com um grande pacote em suas mãos enquanto a PF aguardava para ingressar na residência durante a operação de fevereiro. Esteves teria pedido aos policiais que esperassem enquanto ele “recolhia os cachorros”.
Além de tentar ocultar provas, Esteves tentou realizar um saque de R$ 300 mil em espécie no dia seguinte da operação em sua casa. Ele foi citado como operador do esquema pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco em seus depoimentos em regime de delação premiada.
De acordo com depoimentos de Barusco, a Petrobras lançou licitação para a construção de 21 sondas para exploração do pré-sal no Brasil. A SeteBrasil ganhou a licitação e negociou 21 contratos de construção dessas sondas com vários estaleiros, sendo seis sondas negociadas com o estaleiro Jurong, do qual Esteves era operador.



