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Na decisão de Moro, a soltura está condicionada ao pagamento de uma fiança de R$ 500 mil | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Na decisão de Moro, a soltura está condicionada ao pagamento de uma fiança de R$ 500 mil| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O juiz federal Sérgio Moro revogou a prisão preventiva de Guilherme Esteves, acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Ele estava preso desde o dia 27 de março acusado de tentar ocultar provas da Justiça. Apesar de ter sido solto, Esteves ainda responderá pela tentativa de atrapalhar as investigações. A soltura está condicionada ao pagamento de uma fiança de R$ 500 mil.

Durante a 9ª fase da Lava-Jato, batizada de “My Way”, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa de Esteves. Na ação, os agentes apreenderam documentos e imagens do circuito interno de segurança da residência.

Um mês depois, os investigadores viram as imagens do circuito interno da casa do operador que flagraram Lilia, esposa de Esteves, deixando a residência pelas portas dos fundos com um grande pacote em suas mãos enquanto a PF aguardava para ingressar na residência durante a operação de fevereiro. Esteves teria pedido aos policiais que esperassem enquanto ele “recolhia os cachorros”.

Além de tentar ocultar provas, Esteves tentou realizar um saque de R$ 300 mil em espécie no dia seguinte da operação em sua casa. Ele foi citado como operador do esquema pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco em seus depoimentos em regime de delação premiada.

De acordo com depoimentos de Barusco, a Petrobras lançou licitação para a construção de 21 sondas para exploração do pré-sal no Brasil. A SeteBrasil ganhou a licitação e negociou 21 contratos de construção dessas sondas com vários estaleiros, sendo seis sondas negociadas com o estaleiro Jurong, do qual Esteves era operador.

Ex-presidente da OAS depõe na PF em São Paulo

O ex-presidente da construtora OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, esteve na sede da Polícia Federal, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira, 15, para participar prestar depoimento no âmbito dos inquéritos da Lava Jato contra os governadores do Acre Tião Viana (PT), do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) que correm no Superior Tribunal de Justiça. Ele permaneceu cerca de 45 minutos na sede da PF e não quis falar com o Estado.

Pinheiro chegou de taxi às 14h20 na sede da PF, dez minutos antes do horário marcado para o depoimento, acompanhado de dois advogados, e deixou o prédio às 15h05. Pouco antes de entrar no táxi, o ex-presidente da OAS só falou quando reclamou da presença do fotógrafo do Estado.

No início do mês, orientado pela defesa, o presidente da OAS permaneceu calado em interrogatório no primeiro processo criminal da Lava Jato em que foi acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, no esquema que vigorou na Petrobras entre 2004 e 2014.

A oitiva foi realizada em São Paulo porque é o local de domicílio de Pinheiro, que cumpre prisão domiciliar. O procedimento foi autorizado pelo juiz federal Sério Moro, que conduz, em Curitiba, as investigações da operação.

Outra oitiva também marcada para esta sexta-feira, esta pela manhã, não aconteceu. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, que também está em prisão domiciliar em São Paulo e firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República nesta semana, não apareceu.

Pessoa é apontado pelo Ministério Público Federal como o “presidente” do “clube” de empreiteiras que, segundo as investigações formaram um cartel para combinar preços em contratos com a Petrobrás, não apareceu. Consultada, a defesa disse que não iria se pronunciar.

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