![Moro indica a mulher para representá-lo em processo movido por Lula O juiz federal Sergio Moro | Roque de Sá/Agência Senado](https://media.gazetadopovo.com.br/2017/01/3a81bb61af80367d34c4e2078ace6b64-gpLarge.jpg)
O juiz Sergio Moro, alvo em dezembro de uma queixa-crime impetrada por Luiz Inácio Lula da Silva por abuso de autoridade, não saiu de casa para contratar sua defensora no processo. A escolhida é sua mulher, Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro, que consta como advogada na ação proposta pelo ex-presidente e seus familiares no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre.
Rosangela tem um escritório próprio e é especializada na defesa de entidades sociais como a Apae. Mas também é conhecida por ser fã do trabalho do marido: ela é administradora de uma página no Facebook intitulada “Eu Moro com ele”, onde compartilha notícias sobre o marido, nega boatos e publica imagens e vídeos do dia-a-dia do juiz.
Em novembro, Rosangela publicou uma imagem com o juiz vestindo uma camiseta com os dizeres “In Moro We Trust” (Em Moro Nós Confiamos). Na imagem, no entanto, Moro cobriu algumas das letras para transformar a frase em “In Ro I Trust” (Na Rô Eu Confio).
Caso a ação seja aceita pelo desembargador Sebastião Ogê Muniz, Moro será réu e Rosangela tentará evitar a derrota do marido. Os advogados de Lula pediram condenação dele a uma pena de dez dias a seis meses de detenção.
Rosangela terá que defender o marido por medidas tomadas na Operação Lava Jato, do qual ele é responsável pelos processos em primeira instância. Os advogados de Lula citaram a condução coercitiva do ex-presidente, a busca e apreensão de bens e documentos de Lula e de seus familiares e a interceptação de ligações telefônicas realizadas pelo ex-presidente Lula, além da divulgação do conteúdo dos diálogos.
Na Lava Jato, Lula é réu em três processos e o juiz Sergio Moro é responsável por um, que apura a propriedade de um tríplex no Guarujá, atribuída a Lula, bem como melhorias feitas no imóvel e pagas pela empreiteira OAS. O processo também investiga o pagamento, pela OAS, do armazenamento de parte do acervo presidencial de Lula.
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