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Rio de Janeiro

Morto bandido suspeito de envolvimento na morte de Rodrigo Netto

Um dos bandidos suspeitos de envolvimento na tentativa de assalto e morte de Rodrigo Netto, guitarrista da banda Detonautas, morreu em uma troca de tiros com policiais do 6º BPM (Tijuca) na manhã desta segunda-feira. Um outro bandido, identificado como Thiago da Costa Garcia, foi baleado e está no hospital do Andaraí. Os dois, segundos policiais, saíram da Mangueira às 6h com outros quatro comparsas no Audi preto roubado na noite desse domingo logo após o assalto ao guitarrista. Eles roubaram outro carro, uma Pajero preta, na Avenida Radial Oeste. Policias militares do batalhão da Tijuca perceberam o roubo e começaram uma perseguição.

Cerca de 300 pessoas participaram, no cemitério São João Batista, do enterro do corpo do guitarrista. No momento em que o caixão baixava à sepultura, o vocalista da banda, Tico Santa Cruz, com uma bandeira do Brasil com a assinatura de todos os presentes nas mãos, fez um desabafo: "isso aqui representa mais um cidadão brasileiro de bem que trabalhava, pagava impostos e agora vai embora vítima da violência". No site da banda, o vocalista postou texto no qual lamenta a morte do companheiro de banda e critica as autoridades governamentais pela ineficiência na gestão da Segurança Pública: " O Rio de Janeiro levou o nosso irmão". O guitarrista Fernando Magalhães, do Barão Vermelho, que produziu os dois primeiros discos do Detonautas, "Detonautas Roque Clube" (2002) e "Roque marciano" (2004), disse que perdeu um filho (Fernando lembra as qualidades de Nettinho).

O guitarrista do Detonautas estava dirigindo um Astra, acompanhado do irmão, Rafael Netto, 31 anos, e da avó, quando um outro Astra teria emparelhado com o carro de Rodrigo, na tentativa de roubá-lo, na Marechal Rondon. O guitarrista teria acelerado, para tentar fugir, e os bandidos abriram fogo.

Em Brasília, o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio, Octávio Gomes, disse que falta vontade política e coragem às autoridades para enfrentar a criminalidade. Ele cobrou a instituição de uma polícia móvel para evitar crimes como o assassinato do guitarrista. Segundo ele, o crime é móvel e para combatê-lo é necessário um patrulhamento também móvel.

O pai do Rodrigo Netto, Gilberto da Silva Netto, de 65 anos, disse que o sonho do filho sempre foi se tornar um músico e que, agora, o sonho havia acabado. Mauro Peres, irmão de criação do músico, também contou que desde os 7 anos Nettinho, como era conhecido o guitarrista, estudava violão e que agora estava colhendo os frutos pelos anos de dedicação.

As bandas Skank e Titãs prestaram homenagens ao guitarrista do Detonautas no Porão do Rock nesse domingo e fãs se despediram do Nettinho no fotolog dele. Fãs da banda criaram comunidades no site de relacionamento Orkut em memória do guitarrista.

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