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Integrantes de diversos movimentos sociais e associações de várias categorias realizam manifestação em pelo menos oito estados e no Distrito Federal nesta quarta-feira (23). Estradas foram bloqueadas em São Paulo, no Rio, no Pará, em Alagoas, Pernambuco, Minas Gerais e Goiás. Também houve protestos nas cidades de São Paulo, Goiânia, Porto Alegre, Brasília e em Delmiro Gouveia (AL).

No Pará, integrantes do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens ocuparam a sala de controle da Hidrelétrica de Tucuruí. Os manifestantes pedem mais investimentos em saúde, transporte e educação e energia elétrica no lugar onde vivem.

Pela manhã, eles bloquearam a PA-263, que dá acesso à usina. A Polícia Militar foi chamada, houve confronto e um manifestante ficou ferido. Em nota, a Eletronorte informou que vai analisar as reivindicações. Segundo a empresa, não há risco de queda de energia nas regiões Norte, Nordeste e no sistema nacional.

Sudeste

Em São Paulo, os manifestantes bloquearam o trânsito nas rodovias Anchieta, Piaçaguera-Guarujá e Anhangüera pela manhã. Por volta das 11h, o tráfego ja estava liberado. O MST, que integra o protesto, diz que a produção de fábricas nas regiões de Campinas e Vale do Paraíba também foi afetada.

A manifestação, segundo nota divulgada pela Conlutas, associação que reúne diferentes movimentos sociais e também faz parte do ato, é contra as reformas da previdência e outras "que retirem direitos".

No Rio, sem-terra fecharam a Rodovia Lúcio Méria (BR-393), no município de Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Eles usaram troncos de árvores e pneus para bloquear o tráfego nas imediações de distrito de Dorândia.

No Sul de Minas Gerais, a Rodovia Fernão Dias foi fechada por estudantes, pessoas ligadas ao MST e movimentos sindicais. Eles são contra as reformas previdenciária, estudantil e sindical. Outras regiões

Em Pernambuco, pelo menos oito rodovias foram bloqueadas por integrantes do MST. Eles reivindicam agilidade na reforma agrária.

Em Goiás, a BR-153 foi interditada, no Norte do estado. O engarrafamento ultrapassou seis quilômetros em cada sentido da pista. Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens bloquearam a rodovia para protestar contra a política de reforma agrária do governo federal e reivindicar benefícios como a taxa de energia elétrica diferenciada.

Já a AL-115 foi fechada por cerca de 150 agricultores rurais, estudantes e sindicalistas. a rodovia liga as cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios (AL). A principal reclamação é a manutenção do veto da proposta da Emenda 3 (garante que só um juiz pode romper uma relação de prestação de serviço entre duas empresas) por parte do governo federal. O movimento exige também melhorias estruturais dos assentamentos e a distribuição regular de cestas básicas.

Nas cidades

Os protestos também acontecem nas ruas e avenidas de várias cidades. Em São Paulo, manifestantes estão reunidos na Avenida Paulista.

Em Goiânia (GO), integrantes da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás, com o apoio de outros grupos, foram para as ruas com faixas, cartazes e carros de som. Eles reclamam do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e contra projetos de lei que, segundo eles, prejudicam os trabalhadores.

Já em Porto Alegre (RS), os protestos terminaram em confronto entre manifestantes e a Polícia Militar. Servidores federais e municipais e estudantes tentaram fechar uma das mais movimentadas ruas do Centro. Os policiais impediram e houve confusão.

O grupo fazia uma caminhada. Representantes de diversas categorias se reuniram em uma grande manifestação em frente à Prefeitura. O trânsito ficou lento na região.

No Distrito Federal, manifestantes se concentraram em frente à Catedral de Brasília para realizar o dia de mobilização dos representantes de agricultores e trabalhadores rurais. A manifestação foi convocada por entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), MST, pastorais sociais e entidades do movimento sindical e popular de todo o país.

No fim da manhã, os trabalhadores caminharam até o Congresso Nacional e ocuparam três das seis faixas do eixo Monumental, na Esplanada dos Ministérios.

Em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, um grupo de aproximadamente 70 agricultores sem-terra invadiram uma agência bancária. De acordo com a coordenação do movimento, eles reivindicam a liberação de créditos rurais para os assentados. A Polícia Militar foi acionada para tentar negociar a desocupação do prédio.

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