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Promotora de Justiça responsável pelo caso, Leila Schimiti avaliou positivamente as audiências desta semana, que, no seu entender, acabaram embasando a denúncia feita pela Promotoria. “De uma forma geral, houve a confirmação dos fatos que foram ditos durante a fase investigatória.” Na opinião dela, o depoimento do fotógrafo Marcelo Caramori foi importante para as investigações. “Houve a confirmação de todas as questões relevantes, constatando a existência de uma organização criminosa com membros da Receita Estadual”, afirmou.

O advogado Leonardo Vianna, que defende Caramori, disse que seu cliente tentou esclarecer todas as perguntas feitas durante a audiência. “Ele (Caramori) confirmou grande parte do que disse em 2015. Evidentemente, muita coisa ele não se recorda se viu ou ouviu.”

Parte da defesa dos réus, porém, não fez a mesma análise. Para o advogado Walter Bittar, Caramori fez um depoimento evasivo. “Essa delação, pra nós, não tem o menor sentido. Ele, como delator, não confirmou nenhuma pergunta da defesa. Ele [respondia]: ‘não me lembro’, ‘não me recordo’, ‘não sei’”, criticou Bittar, que defende o auditor fiscal José Luiz Favoreto – acusado de participação no esquema de sonegação fiscal mediante o pagamento de propina.

Durante o intervalo das audiências, alguns membros da defesa chegaram a comentar que as testemunhas de acusação – incluindo Caramori – não apresentaram fatos concretos, enfraquecendo a tese de que existe uma associação criminosa na Receita.

Para o advogado Edgar Ehara, por exemplo, as testemunhas listadas pelo MP são muito frágeis e apresentaram depoimentos contraditórios. “Nada se confirmou. Muitas testemunhas de só ouvir falar e não presenciar nada. Agora, nossa perspectiva, é de que, iniciando a oitiva das testemunhas de defesa e, principalmente, os interrogatórios, muita coisa vai ficar esclarecida.”

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