Rilton Boza (PMDB), ex-prefeito de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), vai ter que responder a oito ações civis públicas por atos de improbidade administrativa durante a sua gestão, entre 2005 a 2008. As ações foram ajuizadas pela 4ª Promotoria de Justiça de Almirante Tamandaré, do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ele é acusado de deixar de pagar servidores e se envolver em casos de nepotismo, entre outras irregularidades.
O pagamento de IPTU de um imóvel da família da esposa de Boza foi cancelado entre 2005 e 2007, segundo a promotoria. Além disso, teria ocorrido pelo menos dois casos de funcionários mantidos em cargo em comissão que eram parentes de até terceiro grau de altos cargos gestão municipal a promotoria não cita se o parentesco era diretamente com o prefeito.
Também teriam ocorrido irregularidades no pagamento de aluguéis pela prefeitura no período, prorrogadno prazos de aluguel indevidamente ou deixando de pagar mensalidades sem justificativa. "Isso sem falar na violação do princípio de eficiência por não constar que o referido gestor municipal tenha adotado algum tipo de medida para corrigir a distorção e o problema de o Município não possuir espaço próprio e oficial para desenvolvimento regular de suas atividades", cita a promotoria na ação.
O MP também aponta que Boza deixou pagar empréstimos consignados a três bancos. Ele também é acusado de conseguir créditos adicionais por meio de decreto e sem autorização do Legislativo. O prefeito também não teria repassado os valores devidos ao INSS dos salários e 13º salários de servidores em novembro e dezembro de 2008. Uma das ações aponta violação da Administração Pública por deixar de honrar o pagamento em dezembro daquele ano.
Por fim, Boza teria violado princípios da Administração Pública por ter permitido e mantido a terceirização de atividades essenciais do município ligadas à atenção básica na área da Saúde.
Rilton Boza foi procurado pela reportagem para comentar as ações, mas não foi localizado nesta quinta-feira. Ninguém atendeu às ligações na Prefeitura de Campo Magro e nem na Câmara de Vereadores do município.



