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Tentativa de homicídio

Mulher suspeita de jogar filha na Lagoa da Pampulha será indiciada

Os delegados responsáveis pelas investigações do caso do bebê que foi jogado, em um saco plástico, na Lagoa da Pampulha, afirmaram que a mãe da criança será indiciada por tentativa de homicídio. Hélcio Sá Bernardes e Wellington Peres Barbosa disseram que tudo indica que a intenção de Simone Cassiana da Silva era matar a filha e não simplesmente abandonar, caso que seria julgado como abandono de incapaz.

Ainda de acordo com os delegados, os primeiros passos da investigação são os pedidos de exames periciais, como o de DNA, e os depoimentos. Eles afirmaram que, nesta terça-feira, começarão a ouvir algumas pessoas, mas não revelaram quem já foi intimado. Os delegados também disseram que, além dos relacionados, há pessoas convidadas a dar esclarecimentos e aqueles que vão espontaneamente.

Os primeiros a serem ouvidos serão os familiares de Simone. A polícia quer saber se eles realmente não sabiam da gravidez, conforme afirmam. Além disso, com informações de pessoas próximas, a polícia pretende traçar o perfil comportamental e psicológico da acusada, para descobrir quais foram as motivações do crime.

De acordo com as investigações preliminares, nem mesmo o namorado de Simone saberia da gravidez da mãe, assim como a família e amigos. As declarações dos dois são contraditórias. A mãe da criança diz que vivia com o namorado há sete meses. Já ele, em conversa informal com os delegados, afirma que na verdade dividem a mesma casa há dois anos. Mas os dois confirmam que o homem não teria conhecimento sequer da gravidez.

Os delegados ainda disseram que não acreditam nas versões apresentadas por Simone e acham que ela agiu com a intenção de matar e não sentiu culpa. Segundo eles, no momento da prisão, Simone negou ser mãe da menina. Depois ela teria mudado a versão, contou que não tinha condições psicológicas de cuidar da criança. Ela teria saído de casa para deixar a menina com a mãe, mas no caminho encontrou uma moradora de rua, a quem teria dado R$ 5 para que desaparecesse com a criança.

Durante a gravação do salvamento da criança, um homem afirma ter visto uma mulher correr assustada e entrar em um táxi. A polícia está tentando identificar a pessoa para que ela possa fazer o reconhecimento do autor do crime. A menina, que foi atendida no Hospital Odilon Berehns, está sob tutela do estado e será o juiz da Infância e da Juventude que decidirá seu futuro.

Uma assistente social do juizado de menores disse, em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira, que será feito um estudo psicosocial da mãe da criança e depois com os familiares. Se nenhum deles manifestar interesse em ficar com a menina, ela será encaminhada para adoção. O processo pode demorar até um ano.

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