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Missão internacional

Na África, Lula fecha negócios, visita ditador e “recebe” a Copa de 2014

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ontem para a África, onde fica até o dia 12. Ele visitará seis países. O giro africano co­­­meça por Cabo Verde. Depois, Lu­­la segue para Guiné Equa­­­torial, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul. A temporada africana é a última missão internacional de Lula antes das eleições de outubro. A viagem terá um forte componente esportivo. Em Lusaca, na Zâmbia, o presidente participa da cerimônia de lançamento do emblema oficial da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Apaixonado por futebol, o presidente também deve assistir à final da Copa da África do Sul, em Johannesbur­­­go, no dia 11. Ele participará ainda da cerimônia de troca de mando de sede do torneio – quando o Brasil receberá simbolicamente a missão de sediar o próximo Mundial.

Mas, além dos eventos ligados ao futebol, o presidente terá uma intensa agenda política e comercial. Ele deve assinar uma série de acordos bilaterais nas áreas de saúde, agricultura, biocombustíveis, petróleo e até de isenção de vistos em alguns países. Também há reuniões com empresários em todos os locais por onde ele passar.

Como em roteiros anteriores pela África, Lula irá posar para fotos ao lado de ditadores, como o presidente de Guiné Equatorial, Teodoro Mbasogo, que está no poder desde 1979, depois de um golpe no qual condenou seu antecessor à morte. Mbasogo é considerado pela revista Forbes como um dos presidentes mais ricos do mundo – sua fortuna é calculada em US$ 600 milhões, apesar de seu país ser um dos mais pobres.

O Brasil, apesar das questões políticas, quer ampliar os negócios com Guiné Equatorial. Um grupo de empresários acompanha a comitiva do presidente. Em 2006, o Brasil abriu uma embaixada na capital, Malabo.

Lula desistiu, porém, de ir a Guiné-Bissau. O roteiro inicial previa uma visita relâmpago de três horas, mas a Presidência cancelou. Apesar de já estar agendada há meses, a visita oficialmente foi desmarcada porque seria uma permanência mínima para uma viagem longa. No entanto, há um componente a mais: no início de abril, o general Antonio Indjai tornou-se chefe das Forças Ar­­­madas locais depois de mandar sequestrar e prender o seu antecessor no cargo, além do primeiro-ministro do país.

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