• Carregando...
 | Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR/Fotos Públicas
| Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR/Fotos Públicas

Escolhido pelo PSDB para apresentar o voto em separado da bancada na CPI da Petrobras, o deputado Izalci (DF) questionou se o Palácio do Planalto tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras, criticou a desconstrução da Operação Lava Jato e a tentativa do relator Luiz Sérgio (PT-RJ) de desacreditar o instituto da delação premiada. “O governo sabia do esquema de corrupção?”, indagou o deputado, para concluir em seguida que o esquema de corrupção atendeu aos interesses do governo.

Relator da CPI da Petrobras rejeita indiciar nomes já denunciados na Lava Jato

Em seu voto em separado, o PSDB pede a instauração de inquérito policial contra a presidente Dilma Roussef f, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Edinho Silva e os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci, Guido Mantega, Gilberto Carvalho e Ideli Salvatti. Todos eles, com exceção de Dilma, também são alvo de pedido do PSDB de instauração de inquérito civil.

Os tucanos também solicitam que os autos sejam encaminhados à Mesa Diretora em forma de denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma, o que pode ensejar futuramente um novo pedido de impeachment. A oposição também solicita que os autos sejam encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como provas nas ações investigatórias em torno da campanha presidencial de 2014.

O PSDB ainda pede instauração de inquéritos policial e civil, o aprofundamento da coleta de provas e o processamento de 54 políticos, entre os quais, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os deputados do PSDB sugerem representação no Conselho de Ética da Câmara por conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar contra 20 deputados, entre os quais Cunha. Eles também pedem representação no Conselho de Ética do Senado contra 11 senadores, incluindo Renan Calheiros.

Relator da CPI da Petrobras rejeita indiciar nomes já denunciados na Lava Jato

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), anunciou nesta quarta-feira, 21, que retirou do parecer final o pedido de indiciamento de nomes sugeridos pelos sub-relatores que já foram denunciados, indiciados e condenados, ou sugestões genéricas, que falam apenas em indiciamento de “responsáveis legais”.

“Sou obrigado a me posicionar contra as sugestões de indiciamento em que não restaram comprovadas a autoria e a materialidade dos crimes. É inaceitável a tese de indiciamento meramente político. Isso não existe”, disse. Sérgio, que tinha acolhido nesta segunda-feira, 19, 70 nomes para indiciar, afirmou que a CPI não é “Conselho de Ética paralelo”.

Ele descartou a responsabilização da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes da estatal Graça Foster e José Sérgio Gabrielli. “Não há, nos depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, qualquer menção sobre o envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster ou de ex-conselheiros da estatal, como a presidente Dilma. Reitero ainda que também não há nos autos desta CPI qualquer evidência neste sentido ou ainda em relação ao ex-presidente Lula ou à presidente Dilma”, declarou.

Oposição

Mais cedo, a oposição na CPI abriu a reunião de votação do relatório final com uma questão de ordem em que sugere a mudança da relatoria dos trabalhos, caso o parecer do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), seja derrotado.

O vice-presidente da comissão, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), alegou que o Regimento Interno da Câmara prevê a troca do relator se o documento não for aprovado pelo colegiado. Segundo Imbassahy, a regra é adotada por todas as comissões da Casa. “O relator não pode ser detentor da verdade suprema”, justificou.

A resposta para a questão de ordem será dada no início da votação do relatório de Sérgio. Além do PSOL, os oposicionistas prepararam um relatório paralelo em que pedem a responsabilização dos políticos com mandato parlamentar investigados na Operação Lava Jato, entre eles os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), além de instauração de inquérito civil sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, e ex-ministros como da Casa Civil Antônio Palocci; da Fazenda Guido Mantega, e da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, e o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Edinho Silva.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]