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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu voltou a negar neste sábado (1º), ao chegar ao Congresso Nacional do PT, em São Paulo, as acusações do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de que ele seria um dos líderes do esquema do mensalão.

Dirceu também afirmou que o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual foram aceitas as denúncias contra ele e outros 39 acusados de participação no esquema do mensalão é "uma disputa política, não uma questão jurídica".

"Não é só um processo, é uma disputa política, que envolve não só o passado, mas como o futuro do Brasil. Eu não sou chefe de quadrilha, não sou corrupto, não roubei e sou apenas um dirigente político. Dediquei toda a minha vida ao Brasil. Nunca provaram nada contra mim", disse Dirceu.

Apoio da militância

O ex-ministro e deputado cassado também afirmou que "não pediu a ninguém do governo ou do PT que o apoiasse". "Eu me defendo, tenho o apoio da militância do meu partido, dos partidos de esquerda e dos partidos da coalizão", afirmou Dirceu.

Sobre as próximas eleições presidenciais, ele disse que o partido "tem que ter um nome para apresentar para a base aliada". "O PT vai ter que ter uma candidatura para 2010. Esse congresso tem que reafirmar isso. Esse é um desejo unânime de todos os delegados filiados ao partido."

No entanto, ao ser questionado se o candidato deveria sair impreterivelmente do PT, Dirceu admitiu que pode ser um nome de consenso, inclusive de outros partidos da coalizão. "Isso é uma questão que depende do presidente, do nome, do voto, da coalizão. Vai ser candidato quem tiver voto", disse.

Código de Ética

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse ser favorável à criação no partido de uma corregedoria e código de ética para analisar e fiscalizar a conduta dos filiados do PT. "Ainda tem que ser discutido, mas eu não me oporia. Mas também não proporia", disse Marta.

Sobre as eleições de 2010, a ministra disse ser precipitado falar em nomes neste momento, pois ainda falta muito tempo para o pleito. "Acharia precipitado para agora, mas vejo que têm partidos nos jornais hoje já colocando candidatos, mas eu acharia precipitado".

No entanto Marta Suplicy disse acreditar que seu partido encontrará um nome de consenso para as próximas eleições presidenciais. "Acho que o PT provavelmente vai ter um candidato, mas não teria porque ter agora um candidato. Seria contraproducente", afirmou ela.

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