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 | Wenderson Araújo/ Arquivo Gazeta do Povo
| Foto: Wenderson Araújo/ Arquivo Gazeta do Povo

Presidente do PP do Paraná e deputado federal, Nelson Meurer foi citado em e-mails do doleiro Alberto Youssef para funcionários da empresa Queiroz Galvão. No e-mail, Youssef pede que a empresa doe R$ 500 mil para a campanha eleitoral do deputado, em 2010. Essa doação consta da prestação de contas do deputado. Em entrevista à Gazeta do Povo, Meurer disse ter solicitado a doação ao diretório nacional do partido, que ficou responsável por viabilizar os recursos. O deputado disse, ainda, que não tem contatos com o doleiro ou com a empresa.

Como foi feita essa doação da Queiroz Galvão para sua campanha?

Nas eleições de 2010, eu pedi uma ajuda ao partido, para a campanha. O partido trabalhou, não sei de qual forma, e a Queiroz Galvão fez uma doação de R$ 500 mil. Quem ligou para mim [do partido] disse que a empresa só dava doação oficial e eu disse que é justamente o que eu quero. E ela deu. Entendeu? Eu não tenho nada a ver com o Youssef, nada a ver com ninguém, eu pedi o dinheiro para o partido e eles viabilizaram.

A doação foi feita diretamente ou foi através do diretório do partido?

Ela foi feita diretamente da Queiroz Galvão para mim, é só você ver no site do TSE e você verá todas as doações que eu recebi [no site constam duas doações de R$ 250 mil da Queiroz Galvão]. Foi tudo feito diretamente pela Queiroz Galvão. E, outra coisa, é só alguém ter um pouquinho de inteligência para perceber: se a Queiroz Galvão, que é uma empresa nacional, faz uma doação oficial para uma campanha, não precisa de doleiro para intermediar. Por que uma empresa do porte da Queiroz Galvão precisaria da ajuda de um doleiro para fazer uma doação oficial e espontânea? Se fosse algo por debaixo do pano, talvez até precisasse, mas não foi o caso.

Antes dessa doação, o senhor tinha algum contato com a empresa?

Não tinha. Se eu tivesse contato direto com a empresa, eu falava com a empresa. Fiz um pedido ao meu partido, o PP. O partido só viabilizou a doação. E o que aconteceu lá para trás, eu não sei.

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