
Em meio a uma crise política no país, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (7), num evento em Boa Vista (RR), que está no cargo pela legitimidade do voto e que respeita a democracia.
“Sei o que é viver numa ditadura. Por isso, respeito a democracia e o voto. Além de respeitá-la, honrarei o voto que me deram. É ele a fonte da minha legitimidade. Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu”, afirmou a presidente em discurso do “Minha Casa, Minha Vida”.
Durante sua fala, a presidente voltou a falar que aguenta pressão, o que já tinha afirmado durante a propaganda do TV, na noite de quinta-feira. Dilma disse ainda que se dedicará ao trabalho “nos próximos meses e anos do meu mandato”.
Cerimônia
Dilma aproveitou a cerimônia de entrega de 747 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista (RR) para reafirmar “ a boa notícia” de que lançará a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida no dia 10 de setembro.
“Vamos lançar no dia 10 de setembro. Três dias depois do dia da pátria”, disse. Essa é, porém, a quinta vez que a presidente coloca uma data para tirar a terceira fase do programa do papel.
Durante o evento, Dilma destacou a importância de investimentos do governo no estado e afirmou que considera “um grande desafio” tornar Roraima “um símbolo” na região Norte. A presidente destacou que é preciso aproveitar características naturais do estado como a luminosidade para investir em energia solar. “Aqui (nas unidades do MCMV) tem esse aquecimento. E a vantagem é pagar menos tarifa de energia elétrica”, afirmou.
De acordo com o Blog do Planalto, as 747 moradias doas residenciais Pérola VI, Pérola VII e Ajuricaba são destinadas a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Os três residenciais somam mais de R$ 46 milhões em investimentos. Segundo o governo, desde 2009, o Minha Casa Minha Vida já entregou 3,9 mil moradias em Roraima, beneficiando 15,6 mil pessoas.
A presidente disse ainda que Roraima deve aproveitar sua localização para se desenvolver. “Roraima está muito bem localizada”, disse. “Queria destacar a necessidade do acordo do Porto de Quantas, na Venezuela. Roraima é o estado mais próximo da Venezuela, que precisa de grãos e proteínas. Temos que ligar a economia de Roraima a da Venezuela.”



