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Eleições

No aperto, PMDB aprova renovação da aliança para reeleger Dilma

Cúpula do partido esperava ter 80% dos votos pela coligação. Fez apenas 59%, mostrando que o partido estará dividido na campanha presidencial

Temer e Dilma: gestos triunfais em convenção marcada pela dissidência peemedebista | Jorge William/Agência O Globo
Temer e Dilma: gestos triunfais em convenção marcada pela dissidência peemedebista (Foto: Jorge William/Agência O Globo)

O PMDB aprovou ontem, em convenção nacional, a aliança com o PT para reeleger a presidente Dilma Rousseff. Mas os peemedebistas contrários à coligação mostraram força e conquistaram 41% dos votos da convenção. Foram 398 delegados favoráveis à aliança e 275 contra. Com isso, colocaram Dilma, que participou do encontro peemedebista, em uma saia-justa. O resultado ainda mostrou que o PMDB entrará dividido na campanha.

"Fizemos quase 50%. Isso significa que é o novo PMDB nascendo no Brasil", disse o deputado federal Darcisio Perondi (PMDB-RS), um dos que se opôs à aliança. Os dissidentes distribuíram dois documentos críticos ao governo federal na convenção.

"A Petrobras foi totalmente aparelhada. Deixou de ser um orgulho nacional para se transformar em um balcão de negócios destinado a tenebrosas transações", diz um dos documentos, apesar de o PMDB ter indicado diretores da Petrobras nos governos Lula e Dilma. Em outro manifesto, os dissidentes reclamam de os ministros do PMDB não terem poder de decisão. "Por que sermos corresponsáveis pela volta da inflação, da carestia, pela falência da saúde e da segurança?".

Os peemedebistas contrários à reeleição da presidente Dilma, porém, foram vaiados ao discursar contra a aliança com o PT. O vice-presidente Michel Temer, que novamente deve compor a chapa com Dilma, havia afirmado antes que, se a coligação tivesse 51% dos votos, já estaria bom. Mas a expectativa do partido era maior. O presidente da sigla, o senador Valdir Raupp (RO), estimava que a aprovação da aliança teria de 80% a 90% dos votos.

Estabilidade

Em discurso na convenção, Dilma disse que o PMDB é protagonista na história de mudanças do país e que a aliança terá mais quatro anos para "acelerar o crescimento com estabilidade". "Vamos acelerar a construção de infraestrutura e inclusão social", afirmou. Mencionando líderes do partido, Dilma afirmou que a sigla muitas vezes ajudou a aprovar projetos "sob fortíssima oposição" dos adversários. "Nosso lado quer avançar, nosso lado quer um futuro, não queremos retrocesso do passado."

A presidente destacou ainda a vitória da gestão PT-PMDB no combate ao desemprego. "Nós fizemos a maior desconcentração de renda que esse país já viu", declarou. Dilma acusou ainda a oposição de subestimar o povo ao dizer que são capazes, mas de não terem feito nada quando estavam no poder. "Essa é a agenda deles, a agenda do retrocesso, da volta do Brasil para trás", declarou.

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