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Prefeitura

No último mês, Ducci fará maratona de inaugurações

Prefeito também tentará resolver questões pendentes da atual gestão, mas algumas obras e as licitações do lixo e do radar ficarão para Gustavo Fruet decidir

Ducci: “Vou deixar muitas obras para o Gustavo terminar. Ele vai ficar inaugurando obra minha o ano que vem inteiro” | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Ducci: “Vou deixar muitas obras para o Gustavo terminar. Ele vai ficar inaugurando obra minha o ano que vem inteiro” (Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo)

Derrotado no primeiro turno das eleições deste ano, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), vai aproveitar o último mês à frente da administração municipal para realizar uma maratona de inaugurações e desatar alguns nós que o atrapalharam ao longo do período eleitoral. Ainda assim, o prefeito eleito, Gustavo Fruet (PDT), terá muito a fazer a partir de janeiro, já que diversas questões importantes ficaram para ser resolvidas só na próxima gestão.

A partir desta segunda-feira, Ducci seguirá uma extensa agenda de inaugurações. O prefeito deve entregar seis Centros Municipais de Educação Infantil (as creches) e duas novas escolas municipais. Além disso, ele pretende inaugurar a nova ala do Mercado Municipal. Neste mês, também passarão a circular os ônibus híbridos em cinco linhas, dentre as quais a Interbairros I.

Outro destaque do último mês de Ducci no poder será a entrega de obras viárias. Várias reformas em ruas­­ serão concluídas já em dezembro. A mais destacada delas é a nova Fredolin Wolf, no Norte da cidade. A reconstrução da avenida, que liga Santa Felicidade à região do Pilarzinho e ao Parque São Lourenço, começou em 2010. O atraso nas obras, somado aos transtornos aos usuários, foi um dos maiores calos da gestão de Ducci, rendendo seguidas críticas dos aliados durante a campanha eleitoral. Além disso, outras cinco avenidas serão entregues neste mês.

Ducci também destaca que deve iniciar as obras de cinco Unidades de Saúde e que deixa dinheiro em caixa para a conclusão delas – que estão previstas para se encerrarem no período de um ano. Ele diz ainda que deixará várias obras em andamento. "Vou deixar muitas obras para o Gustavo terminar. Ele vai ficar inaugurando obra minha o ano que vem inteiro", alfineta.

Questões pendentes

Algumas questões que Ducci gostaria de ter iniciado já em seu governo acabaram ficando para o próximo prefeito. A questão da cessão do potencial construtivo para a conclusão da Arena da Baixada é uma delas. Segundo a lei já aprovada em 2010, o teto dos repasses para a reforma do estádio é de R$ 90 milhões. Entretanto, o valor que será financiado pela prefeitura e pelo governo do estado, cuja garantia são esses títulos, está estimado em R$ 123 milhões.

Um projeto de lei aumentando o teto para R$ 123 milhões chegou a ser apresentado na Câmara, mas foi retirado de votação e ficou para o próximo ano. Ducci diz que a correção dos R$ 90 milhões pelo Custo Unitário Básico de Construção (CUB) já atingiria um valor próximo ao necessário.

Outras obras e projetos que só serão concluídos na próxima gestão são a remodelação da Avenida das Torres, a finalização da Linha Verde Sul, o início da Linha Verde Norte, a nova rodoviária e a reforma da Cândido de Abreu. As licitações do lixo e do radar também ficaram para a próxima gestão.

Metrô ficou para Fruet resolver

A licitação do metrô é uma das questões que devem ficar para Gustavo Fruet resolver. A expectativa inicial era de que a licitação da obra fosse lançada já neste ano. Mas ainda falta uma liberação do governo federal, que deve ficar para o ano que vem. "Ninguém vai liberar nada que permita que eu licite o metrô, mas o recurso está certo e garantido", afirma o prefeito Luciano Ducci.

Isso não evita, entretanto, que o tema alimente polêmicas entre os dois. Ducci acredita que o projeto não deve ser revisto: "Houve uma discussão técnica exaustiva ao longo de três anos". Já Fruet quer revê-lo.

Durante o processo de transição, a equipe de Ducci tem se esforçado para convencer a equipe de Fruet do contrário. Entretanto, a estratégia não tem surtido efeito. "Tem muita gente que apoiou o Gustavo [na eleição] que é contra o projeto do metrô, que tem vínculo com os empresários do transporte coletivo", diz o prefeito. "Não quero alimentar essa polêmica com o Luciano", retruca Fruet.

O sistema de ônibus também deve ser uma dor de cabeça para Fruet. O sistema acumulou um prejuí­zo de R$ 53 milhões entre março e novembro deste ano, segundo estimativa publicada pela Gazeta do Povo na edição de sábado. A crise culminou no fracionamento do 13.º salário dos motoristas e cobradores. Além disso, o rea­­juste salarial deles deve ocorrer em fevereiro, com possível aumento da tarifa.

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