
Envolvida em uma campanha eleitoral antecipada, a presidente da República, Dilma Rousseff, disse ontem que seu governo respeita os políticos de partidos adversários, apesar das paixões eleitorais. "Nós podemos disputar eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, nós temos que nos respeitar, porque fomos eleitos pelo voto direto do povo brasileiro", disse a presidente, durante cerimônia de entrega de um conjunto habitacional em João Pessoa, na Paraíba.
Em um discurso de 32 minutos, com direito a "tchauzinhos" para a plateia, a presidente citou seu antecessor no cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e afagou o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos possível concorrente no ano que vem na corrida ao Palácio do Planalto.
Sempre chamando o governador paraibano, Ricardo Coutinho (PSB), de "parceiro", Dilma usou o palanque para fazer críticas veladas aos antecessores e exaltar o governo petista.
A presidente disse que as moradias que estava inaugurando eram "diferentes, com qualidade e acabamento" em relação às que se construíam antes no Brasil. Também afirmou que as realizações de seu governo não são favores, mas "obrigação e dever do Estado brasileiro".
Na fala, a presidente também tratou do Bolsa Família, considerado por ela o maior programa de seu governo, ao lado do Minha Casa, Minha Vida. E contou um "causo" envolvendo Lula para explicar o motivo de ambos os benefícios serem concedido às mulheres. "O presidente Lula disse o seguinte: se não for assim, vai aumentar o consumo de cerveja. [Já] a mulher vai dar [o dinheiro do benefício] para o filho", disse Dilma, aos risos.
Economia
Em uma referência indireta ao discreto crescimento do PIB em 2012 (de 0,9%), Dilma ressaltou alguns dos feitos de seu governo na área econômica. "Reduzimos o desemprego e demos uma correção correta para o salário mínimo. Quando há espirro lá fora, Brasil não pega pneumonia", afirmou.



