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Nova alternativa é parcialmente positiva, diz secretário da Fazenda

Mauro Ricardo: impacto em 2017 ainda não foi avaliado. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Mauro Ricardo: impacto em 2017 ainda não foi avaliado. (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

O secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, considerou parcialmente positiva a proposta de reajuste salarial definida pelos deputados estaduais nesta quarta-feira (3). “A parte boa é a que mantém a proposta feita pelo Executivo, para 2015 e 2016, com reajuste de 3,45% neste ano e o zeramento do IPCA em janeiro. Se a proposta avançar para 2017, teremos que avaliar o impacto financeiro”, disse. A proposta dos deputados inclui aumento adicional de 1% para os servidores em 2017, para compensar a falta da reposição integral da inflação em 2015.

Em entrevista coletiva, Mauro Ricardo traçou um panorama desolador das finanças do governo do Paraná. Segundo ele, não há recursos para conceder aos servidores públicos a reposição integral das perdas com a inflação, de 8,17%, segundo o IPCA. Ele atribuiu os problemas financeiros do estado ao aumento das despesas com pessoal a partir de 2010.

Segundo Mauro Ricardo, os gastos com pagamento de servidores e encargos aumentaram R$ 8 bilhões de 2010 a 2014, o que deu um “nó” nas contas do Paraná. O secretário disse que, lém da concessão de reajustes salariais de até 30 pontos porcentuais acima da inflação, a contratação de 23 mil professores e 10 mil policiais no período, com base em previsão de receitas que não se concretizaram, provocaram uma “incompatibilidade” entre despesas e receitas.

“Houve no primeiro mandato a opção por concessões de vantagens salariais e a reposição do quadro de servidores”, resumiu Mauro Ricardo. “Se no passado foi possível dar mais do que a inflação, hoje isso não é mais possível”, disse.

“Este ano já executamos R$ 666 milhões das receitas para pagamento de despesas do ano passado, principalmente com pessoal”, informou Mauro Ricardo. “Disponibilizamos às secretarias de estado R$ 300 milhões neste ano. Se não [fizéssemos isso], parava o estado. Já estamos com um déficit de R$ 170 milhões em 2015. Essa é a situação em que o estado se encontra”, disse.

Mauro Ricardo afirmou que parte do déficit deste ano será coberta com dividendos de ações da Copel e da Sanepar. Ele descartou que o governo discuta a venda de ações das empresas públicas do Paraná para fazer caixa. O secretário descartou também reduzir o repasse a outros Poderes, estimados em R$ 3,7 bilhões, para ter uma folga nas contas. “O Executivo enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa em dezembro do ano passado, desvinculando essas transferências das receitas, mas o texto não foi aprovado”, lembrou.

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