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investigação

Nova fase da Lava Jato cumpre 6 mandados de prisão em SP e SC

Coletiva da Polícia Federal apresenta detalhes da nova fase da Operação Lava Jato. | Gerson Klaina/Tribuna do Paraná
Coletiva da Polícia Federal apresenta detalhes da nova fase da Operação Lava Jato. (Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná)

A Operação Lava Jato entra em sua 22.ª fase nesta quarta-feira (27), chamada de Triplo X, com a retomada dos trabalhos ostensivos pela Polícia Federal. Nessa nova fase são apurados os crimes de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A fase tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá.

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A reportagem apurou que essa etapa da operação mira em negócios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). O objetivo é descobrir se a offshore foi utilizada pela OAS para lavagem de dinheiro.

De acordo com informações da PF, cerca de 80 agentes cumprem 15 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária e 2 mandados de condução coercitiva (quando as pessoas são levadas a delegacia para prestar esclarecimentos e logo depois liberadas) nas cidades de São Paulo (SP), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Joaçaba (SC).

A PF anunciou que prendeu na manhã desta quarta-feira (27) em São Paulo, Neuci Warken, que consta como proprietária do tríplex 163 B no Condomínio Solaris, da OAS, no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo. O apartamento que seria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o tríplex 164 A, na torre vizinha.

Investigação

Na fase Triplo X serão apuradas a existência de estrutura criminosa destinada a proporcionar aos investigados a abertura de empresas offshores e contas no exterior para ocultar e dissimular os recursos frutos de corrupção no âmbito da Petrobras.

Segundo informações da PF, a investigação também recai sobre a ocultação de patrimônio através de um empreendimento imobiliário, com suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato teria utilizado o negócio para repasse disfarçado de propina.

Bancoop

Além dos procuradores da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop. O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa habitacional para a OAS em 2009.

A Promotoria apura também se a empreiteira usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.

A empreiteira OAS, que teve alguns de seus executivos condenados em uma sentença da Operação Lava Jato, pagou por reformas feitas em 2014 no triplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo.

Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente ao imóvel na planta. Em 2009, o empreendimento foi assumido pela construtora OAS, que terminou a construção do edifício.

Ao disputar a reeleição em 2006, Lula informou à Justiça Eleitoral ter pago à Bancoop R$ 47.695,38 pelo apartamento. Corretores locais dizem que o imóvel vale R$ 1,5 milhão.

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