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Novas delações da Lava Jato prometem complicar situação de políticos

Recentes colaborações já estremecem a vida pública dos envolvidos e ainda devem esclarecer desvios em obras da Copa do Mundo e do setor elétrico

Auxiliar do doleiro Alberto Youssef já citou o envolvimento de vários políticos no esquema. | Lula Marques
/Agência PT
Auxiliar do doleiro Alberto Youssef já citou o envolvimento de vários políticos no esquema. (Foto: Lula Marques /Agência PT)

O ano promete trazer muitas novidades no âmbito da Operação Lava Jato. A cada dia surgem novos colaboradores dispostos a contar o que sabem em troca de penas mais brandas que podem complicar ainda mais a situação de alguns políticos envolvidos no escândalo.

As mais recentes colaborações divulgadas já dão conta de estremecer a situação de políticos e de esclarecer desvios em obras públicas da Copa do Mundo e do setor elétrico, além de contratos no Ministério da Saúde, por exemplo.

É o caso do doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, auxiliar de Alberto Youssef. Conhecido como Ceará, Rocha responde a um processo na Justiça Federal de Curitiba, mas teve o processo suspenso pelo juiz Sergio Moro em setembro de 2014.

Ele já contou à Procuradoria-Geral da República, por exemplo, que o ex-ministro da Saúde do governo Dilma Alexandre Padilha ficaria com parte da Labogen − laboratório suspeito de firmar um contrato fraudulento de R$ 150 milhões com o Ministério da Saúde em 2013.

A empresa pertence ao doleiro Leonardo Meirelles, mas a suspeita dos investigadores é de que o laboratório era usado como fachada pelo doleiro Alberto Youssef.

Segundo Ceará, o ex-deputado federal paranaense André Vargas (sem partido) também ficaria com uma parte do laboratório Labogen, assim como o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Fernando Collor, além do próprio Leonardo Meirelles.

Ceará também delatou o pagamento de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (PE) – morto em 2014 – para “abafar” a CPI da Petrobrás de 2009.

O doleiro disse ainda ter entregue R$ 130 mil ao ex-deputado Pedro Corrêa (PP) para a campanha de sua filha Aline Corrêa (PP) − ambos réus na Lava Jato.

Ceará contou também que R$ 1 milhão foi endereçado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Aécio Neves (PSDB-MG) também estão na lista do novo delator.

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