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“Vamos primeiro avaliar os inquéritos desmembrados assim que eles chegarem, verificar qual a efetiva situação deles, mas não há dúvida de que iremos priorizá-los”, disse o novo delegado. | /
“Vamos primeiro avaliar os inquéritos desmembrados assim que eles chegarem, verificar qual a efetiva situação deles, mas não há dúvida de que iremos priorizá-los”, disse o novo delegado.| Foto: /

O delegado federal Disney Rosseti, novo chefe da Polícia Federal em São Paulo, afirmou que a unidade paulista da corporação dará prioridade para as investigações originadas pela operação Lava Jato que forem desmembradas para o Estado.

Nesta quarta-feira (23), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que uma das apurações iniciadas na Lava Jato sairá do âmbito da operação, por não ter conexão direta com o esquema de corrupção na Petrobras, e deverá prosseguir na Justiça em São Paulo.

O caso desmembrado pelo STF apura a participação de operadores identificados na Lava Jato que também teriam atuado em fraudes no Ministério do Planejamento. Os supostos crimes ocorreram em São Paulo e por isso as apurações devem ter continuidade no Estado, segundo o STF.

Nomeado para o cargo de chefe da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo no último dia 1°, Rosseti tomou posse nesta quinta-feira na capital paulista.

Indagado sobre o fatiamento de casos da Lava Jato, Rosseti disse que as apurações enviadas ao Estado terão atenção especial na superintendência. “Vamos primeiro avaliar os inquéritos desmembrados assim que eles chegarem, verificar qual a efetiva situação deles, mas não há dúvida de que iremos priorizá-los”, afirmou.

“É uma sangria de dinheiro que poderia estar sendo utilizado em programas sociais, habitação, saúde e segurança. Há também uma sangria moral, o que é muito ruim para o país e para a sociedade como um todo”, comentou Rosseti sobre os sucessivos casos de corrupção no país. “Devemos carrear mais recursos para as unidades que trabalham na questão da corrupção”, completou.

Na cerimônia de posse, o diretor geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, agradeceu ao antecessor de Rosseti, o delegado federal Roberto Troncon Fillho, pelo trabalho realizado de maio de 2011 a julho de 2015 na chefia da superintendência paulista. Troncon agora atuará no cargo de adido policial federal na embaixada do Brasil em Londres, no Reino Unido.

Natural de Campo Grande (MS), o novo chefe da PF em São Paulo tem 41 anos de idade e é policial federal desde 1999. Na PF, Rosseti já ocupou os cargos de superintendente regional no Distrito Federal (2008-2010), diretor da Academia Nacional de Polícia (2010-2012) e coordenador-geral do Centro Integrado de Inteligência Policial e Análise Estratégica (2012-2013). Antes de ser nomeado para a PF em São Paulo, Rosseti foi adido policial federal na embaixada brasileira na Itália, no período de 2013 a 2015.

O novo superintendente é formado em direito pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduado em gestão de segurança pública pela Academia Nacional de Polícia e pós-graduado em ciências criminais pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Também concluiu um mestrado em direito e políticas públicas pelo Centro Universitário de Brasília.

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