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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) votará a proposta de pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde, mas a tendência é que os conselheiros optem por encaminhar uma representação criminal contra o presidente ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, em vez de propor ao Congresso a abertura de um processo de impeachment.

O relator da matéria no Conselho Federal da OAB, o conselheiro pelo Acre Sérgio Ferraz, votou pelo pedido de impeachment, além da representação penal, alegando "inequívoco envolvimento" do presidente nas denúncias que levaram à crise política atual. Em seu voto, ele chegou a dizer que "o Planalto exala hoje um odor muito mais nauseabundo e mefítico que nos tempos da Casa da Dinda", referência à residência do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

O presidente da OAB, Roberto Busato, disse que a principal discussão sobre a qual a Ordem deve se debruçar para o exame da matéria deverá ser o momento político que vive o Brasil e a proximidade do calendário eleitoral. Busato ressaltou que, de forma alguma, um eventual apoio da OAB ao pedido de impeachment servirá de manobra político-partidária.

- Isso a Ordem evidentemente nunca fez e não fará neste momento crucial para a nação brasileira - assegurou.

Na opião de Busato, a entrevista concedida no último fim de semana pelo ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira é mais um ingrediente explosivo para a análise do pedido.

- Portanto, eu acredito que a entrevista atinge sim o presidente Lula e é mais um efeito que essa crise tem trazido - acrescentou Busato.

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