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| Foto: Geraldo Magela/Geraldo Magela/Agência Senado

A construtora Odebrecht teria pago propina diretamente ao senador Aécio Neves (PSDB) em uma conta em Nova York em nome de sua irmã, a jornalista Andrea Neves. Segundo a revista Veja desta semana, a denúncia é narrada na delação do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, conhecido como BJ.

Os depósitos teriam sido combinados como contrapartida à defesa dos interesses da construtora em pelo menos dois projetos: a construção da Cidade Administrativa do governo de Minas Gerais, que custou cerca de R$ 2 bilhões, e a construção da usina de Santo Antônio, em Rondônia, em parceria com a estatal mineira Cemig.

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Em resposta à revista, Aécio disse que a acusação é “falsa e absurda”. O senador disse que, por não conhecer em detalhes a delação, não tem como se defender, e completou que a denúncia não tem detalhes como o nome do banco ou o número da conta.

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A delação de BJ já foi homologada pelo STF e a denúncia foi levada a sério pelos investigadores, que terão de verificar a veracidade dos pagamentos a Andrea Neves. A irmã do senador, segundo a Veja, é uma de suas principais conselheiras e acompanha sua carreira política desde o início.

Aécio é citado em seis dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República pediu para serem abertos com base nas delações da Odebrecht. No total, o senador teria recebido R$ 70 milhões desde 2003.

Dentro do PSDB, os três principais nomes na corrida presidencial de 2018 foram citados na Lava Jato – além de Aécio, o senador José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Serra foi acusado de ter recebido R$ 23 milhões pelo ex-CEO da Odebrecht Pedro Novis, enquanto Alckmin teria sido beneficiado por repasses feitos a pessoas próximas.

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