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Legislativo

Oposição diz que é manobra

A oposição acusa o governador Roberto Requião (PMDB) de usar todo tipo de artimanha para garantir o emprego de parentes na sua equipe. A estratégia para impedir a criação da lei teria começado quando o governo apresentou outra emenda constitucional proibindo o nepotismo cinco dias antes da votação da emenda da Assembléia. "O governador enviou outro projeto sabendo que a Constituição não permitia. Ele sabia que se derrubasse a emenda da Assembléia não poderia ser votado mais nada sobre o assunto", disse o líder do PFL, Plauto Miró Guimarães.

O deputado Marcos Isfer (PPS) afirmou que a tese da ilegalidade apresentada pelos governistas comprova que eles não queriam votar contra o nepotismo, mas deixar um amontoado de parentes no governo. "Ou essa Casa se impõe ou vamos mostrar ao Paraná que não merecemos estar aqui", alertou. "A nossa bancada ainda vai tentar aprovar a lei. Vamos ver se o presidente vai atropelar a Constituição", complementou o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB).

O autor do projeto que deu origem à emenda, Tadeu Veneri (PT), reconhece que não há como a Assembléia fazer um jogo de "faz de conta" e aprovar uma emenda contrariando a Constituição. Mesmo que seja aprovada pelos 54 deputados, a nova lei pode ser derrubada na Justiça.

Para o presidente estadual do PT, André Vargas, o governador "enganou" a população ao defender que estava apresentando uma emenda mais abrangente e teve como única motivação preservar o emprego dos irmãos Maurício, como secretário de Estado da Educação, e Eduardo, na superintendência do Porto de Paranaguá. "Fora os outros familiares em cargos de confiança", disse.

O líder do PSDB, Ademar Traiano, avalia que, com o manobra para impedir a aprovação da emenda, o governo não impôs uma derrota à Assembléia, mas ao próprio governador. "Ele coloca na sua testa o carimbo de sustentar o emprego dos seus parentes", afirmou.

O líder do PDT, Luiz Carlos Martins, diz que os deputados que votaram contra a emenda vão sofrer o desgaste e na mão do governo vai ficar a "batata quente". (KC)

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