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Eleições 2006

Oposição negocia “chapão” para apoiar Osmar Dias

Grupo pretende enfrentar Requião na disputa pelo governo do estado

Se depender das atuais direções do PSDB e do PFL, o senador Osmar Dias (PDT) terá apoio das duas forças de oposição para a sua candidatura ao governo do estado em 2006. O grupo pretende montar uma frente para enfrentar o atual governador Roberto Requião (PMDB), que deve disputar a reeleição. Além da disputa majoritária, as forças oposicionistas pretendem montar um "chapão" para as eleições proporcionais para deputado estadual e federal.

O presidente do PFL paranaense, deputado federal Abelardo Lupion, garante que as negociações estão avançadas e que outros partidos poderão integrar ainda o grupo, como o PP e o PSB. "Nós temos um pré-acordo entre PDT, PSDB e PFL e já tivemos várias conversas com lideranças do PP e do PSB", revela Lupion.

Segundo o pefelista, Osmar Dias seria o candidato a governador, o PSDB indicaria o candidato ao Senado e o PFL indicaria o vice da chapa do senador pedetista. "Para facilitar as negociações, estabelecemos que os presidentes de partido abririam mão das disputas majoritárias", afirmou.

Lupion afirma que tinha a intenção de disputar o Senado, mas em função do acordo vai concorrer à reeleição para a Câmara dos Deputados, assim como o presidente do PSDB, Valdir Rossoni, que vai tentar um novo mandato na Assembléia Legislativa, e o vice-presidente estadual, Augustinho Zucchi, que também será candidato a deputado estadual O presidente do PDT no Paraná é Osmar Dias, que pelo fato de ser o candidato ao governo estadual está sendo representado por Zucchi, nos entendimentos.

Para o Senado

Um dos próximos passos da formação da chapa depende do PSDB que deve definir quem será o candidato ao Senado. Pelo menos duas lideranças já confirmaram que pretendem entrar na disputa: o atual senador Alvaro Dias e o presidente da Assembléia, deputado Hermas Brandão. A definição passa pelo resultado das eleições do partido marcadas para agosto.

Alvaro defende a candidatura própria do PSDB ao governo do estado, e ele próprio coloca seu nome à disposição do partido para concorrer. Ao mesmo tempo, o senador não admite disputar com o irmão o governo do estado. A seu favor, Alvaro Dias tem a exposição à mídia nos últimos dias, pela sua atuação na CPI dos Correios, o que pode lhe garantir, pelo menos, a candidatura ao Senado, uma vez que não admite abrir mão da reeleição, caso não seja o candidato ao governo.

Os pefelistas tendem a indicar o ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi como candidato a vice na chapa de Osmar, conforme afirmou Abelardo Lupion. Mas Taniguchi cogita que pode concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, o que implicaria na escolha de outro nome do partido para ser o vice de Osmar. O vereador curitibano Fábio Camargo, presidente do partido na capital, já se disse disposto a ficar com a vaga e inclusive já teria conversado com o senador Osmar Dias.

Chapa governista

O governador Roberto Requião (PMDB) já afirmou por mais de uma vez que será candidato à reeleição. Nem mesmo as indicações de outras lideranças peemedebistas – como o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira – de que ele seria um dos nomes para concorrer à Presidência da República lhe convenceram.

Para 2006, Requião afirma que gostaria de contar com o PT como aliado, conforme aconteceu no segundo turno de 2002. Mas o presidente estadual petista, deputado André Vargas, afirma que o partido ainda não foi procurado pelo grupo do governador.

Segundo Vargas, o posicionamento do PT vai depender do resultado das eleições internas do partido marcadas para setembro. O atual presidente concorre à reeleição, pelo Campo Majoritário, mesmo grupo do presidente Lula, e caso se mantenha no cargo, a tendência é que o partido lance uma candidatura própria ao governo do estado. "Atualmente, temos dois nomes em destaque para lançar ao governo: o do senador Flávio Arns e o da diretora de Itaipu, Gleisi Hoffmann (casada com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo). Mas ainda é cedo. É preciso que o cenário fique mais definido", afirma Vargas.

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