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Luiz Sérgio: ministro ganhou fama de garçom sem bandeja | José Cruz/ABr
Luiz Sérgio: ministro ganhou fama de garçom sem bandeja| Foto: José Cruz/ABr

Articulação

Luiz Sérgio também pode ser demitido

O ministro das Relações Institucionais poderá ser o próximo integrante do primeiro escalão do governo de Dilma Rousseff a ser substituído. Luiz Sérgio, que ocupa a função atualmente, tem sido visto como um articulador político fraco, incapaz de fazer os pedidos dos congressistas à presidente Dilma Rousseff.

"Ele até ganhou o apelido no Congresso de garçom sem bandeja. Anota os pedidos, mas não tem como entregar nada", diz o professor David Fleisher, cientista político da UnB.

Nos primeiros meses do governo Dilma, Palocci vinha fazendo a função da articulação com o Congresso, além de exercer a parte de gestão de projetos e o gerenciamento dos trabalhos dos ministros. No entanto, é provável que, para dividir melhor as funções, Luiz Sérgio acabe mesmo sendo trocado.

Levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo publicada ontem mostrou ainda que o cargo ocupado pelo ministro tem sido o de maior rotatividade no governo petista. A média de permanência no posto tem sido de apenas um ano. (RWG)

A grande dúvida causada em Brasília pela indicação de Gleisi Hoffmann para a Casa Civil foi relativa à inexperiência da senadora. Integrantes da oposição disseram abertamente que consideram a paranaense menos preparada para o cargo do que o próprio Antônio Palocci. "Ninguém sabe o que essa moça fez. Ela não tem a estatura técnica e política do Palocci", afirmou o deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Para o cientista político David Fleisher, da Universidade de Brasília (UnB), a inexperiência de Gleisi deve exigir que o Planalto tenha outros ministros fazendo a ponte política com o Congresso. "Embora tenha se mostrado engajada, participativa, ela pode ser considerada uma neófita", disse.

Por outro lado, para o professor Adriano Codato, cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o fato de ser pouco conhecida em Brasília pode ser um ponto positivo para a paranaense. "Esse pode ter sido um fator que influenciou na escolha dela. Quanto menos passado, a essa altura, pode ser me­­lhor para o governo federal, que sofreu justamente por problemas ligados à bagagem do ministro da Casa Civil", opinou.

Mesmo na oposição, porém, houve quem elogiasse a experiência de Gleisi. Líder do PPS na Câmara dos Deputados, o paranaense Rubens Bueno, que trabalhou com a senador em Itaipu durante o governo Lula, classifica a petista de "competente, trabalhadora e dedicada". "Ela deixou um legado importante em Itaipu", afirmou.

Diretor-geral de Itaipu nas gestões de Lula e Dilma Rousseff, Jorge Samek disse ontem que Gleisi teve uma participação importante como diretora financeira da usina. "Ela tem um conhecimento de gestão e de orçamento muito grande", declarou.

No início da noite de ontem, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), emitiu nota desejando sorte à senadora na nova função. "O Paraná sai fortalecido com essa escolha. A senadora Gleisi Hoffmann tem todas as condições de representar bem e defender com muita determinação os interesses do Estado no governo federal", disse.

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