
Em 1999, a oposição tentou abrir um processo de impeachment contra o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, FHC foi alvo de pedido de impeachment formulado pelo deputado petista Milton Temer (SP). Ele acusou o ex-presidente de cometer crime de responsabilidade durante a execução do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Havia também a acusação –negada pelo tucano– de que o Planalto teria constrangido o Ministério Público e outros órgãos durante o processo de investigação.
O então presidente da Câmara e hoje vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), rejeitou o pedido. O próprio Milton Temer recorreu ao plenário.
Dessa forma, no dia 18 de abril de 1999, o plenário da Câmara dos Deputados apreciou um recurso do deputado Milton Temer (PT-SP) que tentava desengavetar um processo de impeachment contra o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 342 deputados votaram contra a proposta, 100 a favor. Com isso, o impeachment de FHC permaneceu arquivado.
Três partidos com bancadas gigantes salvaram a pele de FHC – PFL, com 94 deputados, PMDB, com 92, e PSDB, com 86. Desse contingente de 272 parlamentares da tropa de choque de FHC, apenas três votaram a favor do recurso. Dentre eles, um paranaense – Gustavo Fruet. O hoje prefeito de Curitiba era filiado ao PMDB e, cinco anos depois, migrou para o PSDB. Em 2011, foi para o PDT e voltou a se alinhar aos petistas.
A propósito, 26 deputados do Paraná participaram da votação. Só outros três, todos do PT, votaram contra – Dr. Rosinha, Padre Roque e Marcio Matos.



