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O hospital Santa Helena anunciou nesta terça-feira (17), por meio de nota, a impossibilidade da doação dos órgãos do estilista e deputado Clodovil Hernandes (PR-SP), que teve morte cerebral confirmada nesta tarde em Brasília e estava sendo mantido vivo por equipamentos. Segundo o comunicado, ele sofreu uma nova parada cardíaca e morreu às 18h50, o que impede a doação, segundo o hospital. A nota afirma ainda que o Dr. Lúcio Lucas, da Central de Doações de Órgãos do Distrito Federal, avalia se há condições de fazer a doação das córneas do deputado

Um dos mais famosos estilistas e apresentadores do Brasil, Clodovil foi o terceiro deputado federal mais votado do País nas eleições de 2006, com 493.951 votos. Morto nesta terça, aos 71 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral (AVC), Clodovil concluiu uma biografia que teve na polêmica uma das principais marcas registradas.

Filho de pais adotivos, Clodovil nasceu em 1937, na cidade de Elisário, interior de São Paulo. Aos 20 anos, se mudou para a capital paulista e logo se firmou como costureiro das celebridades, entre elas Elis Regina, Cacilda Becker e as famílias Diniz e Matarazzo. Na década de 1990, passou a se dedicar somente à televisão, comandando programas como o "TV Mulher", na Rede Globo, junto com Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo. Clodovil passou também pelas redes Manchete, Gazeta e RedeTV.

Alvo de diversas acusações de racismo, o deputado e apresentador chegou a dizer em uma entrevista, em 2005, que perdera a conta de quantos processo respondia. Em 2004, em um de seus programas, Clodovil chamou a então vereadora de São Paulo Claudete Alves (PT-SP) de "macaca de tailleur metida a besta". No ano seguinte, disse à deputada Cida Diogo (PT-RJ) que atualmente "as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé". Ele chamou também a deputada de "mulher feia".

Eleito pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC-SP), Clodovil deixou a legenda em 2007 para integrar os quadros do Partido da República (PR-SP). Acusado de infidelidade partidária, foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quinta-feira passada. O suplente Jairo Paes Lira, do PTC de São Paulo, assumirá a vaga do parlamentar.

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