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Osmar: pelo acordo, pedetista tentaria a reeleição ao Senado na chapa de Beto Richa | Antônio More/Gazeta do Povo
Osmar: pelo acordo, pedetista tentaria a reeleição ao Senado na chapa de Beto Richa| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Rachado

PTB também deve compor a chapa de Richa

O PTB deve fechar uma aliança com o PSDB de Beto Richa na disputa pelo governo do estado. O acordo pode sair nos próximos dias, mas a aliança não agrada a dois deputados estaduais do partido. Jocelito Canto já disse que vai fazer campanha para o governador Orlando Pessuti (PMDB), que tenta a reeleição. Fábio Camargo, que disputou a prefeitura de Curitiba contra Beto Richa, também não concorda com a aproximação com os tucanos. Na eleição municipal de 2008, Camargo atacou Richa no episódio da suposta compra de apoio político de candidatos a vereador pelo PRTB. A legenda havia fechado uma aliança com o PTB para apoiar Fábio Camargo. A maioria dos candidatos desistiu da eleição para fazer campanha para Beto. O apoio teria sido pago com dinheiro de caixa 2. A Justiça Eleitoral ainda não analisou a denúncia. (GV)

Para o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, a novela Osmar Dias terminou. Com um final feliz para os tucanos. "O anúncio deve acontecer quarta-feira. O Osmar vai com a gente", afirma Rossoni. Segundo ele, o senador aceitou a proposta do PSDB em firmar uma aliança entre as duas legendas que, nacionalmente, estão em lados opostos. Osmar seria candidato ao Senado e o presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, seria o vice do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa.

Se o acordo for confirmado realmente, Osmar Dias tentaria a reeleição. Na chapa, o deputado federal Ricardo Barros, do PP, buscaria a segunda vaga no Senado. "Nos nossos entedimentos e em nossas conversas está tudo certo. A única dúvida é saber se o Beto e Osmar estarão em Curitiba nesta data", diz Rossoni.

O acordo, celebrado pelo presidente tucano, não foi confirmado pelos pedetistas. Procurado pela reportagem, Osmar Dias não atendeu aos telefonemas durante todo o dia. Augustinho Zucchi também manteve o mistério. Segundo ele, a proposta "tucana" é boa, mas ainda não há acerto. "A Executiva Nacional terá uma reunião amanhã [hoje] para analisar situações específicas dos estados. Ainda estamos no aguardo. Mas essa semana será decisiva."

A movimentação de ontem na Assembleia Legislativa mostra que a situação parece menos definida do que prega Rossoni. Ontem, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa se reuniu por cerca de meia hora numa sala ao lado do plenário para discutir o quadro eleitoral no estado. Na saída da reunião, os deputados evitaram comentar publicamente o que foi discutido entre eles. Entretanto, nos bastidores, comenta-se que, às vésperas da definição de alianças, alguns peemedebistas temem não se reeleger na eleição de outubro.

O principal motivo desse receio seria a descrença de que o governador Orlando Pessuti consiga um bom desempenho na disputa ao governo do estado e não seja um cabo eleitoral eficiente para os parlamentares. Por isso, a saída defendida ontem por alguns deputados seria uma aliança com o PDT do senador Osmar Dias – mesmo posicionamento defendido pelo ex-governador Roberto Requião.

Na última quinta-feira, na abertura da executiva estadual do PDT, Osmar Dias confirmou que recebeu ligações de Requião, que tem feito críticas públicas a Pessuti.

Candidato próprio

Já o PT, que ensaiou uma coligação com Osmar Dias, fala em lançar candidato próprio ao governo depois de longas negociações, infrutíferas até aqui, com PMDB e PDT. O ex-prefeito de Londrina Nedson Micheleti é cotado para a vaga.

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