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O cantor de pagode Gerson Dupan, do grupo Kiloucura, pode ser o primeiro famoso investigado pela polícia por ter tido contato com o chefe do tráfico da Rocinha, Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, a responder pelo crime de associação para o tráfico. Em depoimento na Polinter, na tarde desta sexta-feira, ele confirmou que conversou com o traficante algumas vezes para negociar o valor de cachês de shows realizados na favela. O pai dele, dono do rádio que o cantor usou para falar com o traficante, também foi ouvido.

Os depoimentos de Gerson Dupan e do pai dele demoraram quase três horas. De acordo com o delegado da Polinter, Luiz Alberto Andrade, a situação de Dupan é complicada porque ele assumiu que recebia dinheiro do tráfico. O pagodeiro disse ainda que Bem-Te-Vi é fã do grupo e, por isso, contratava os shows.

Uma conversa entre Bem-Te-Vi e o cantor foi gravada em escuta telefônica feita pela Polinter. Dupan pedia autorização ao bandido para entrar na favela.

- Foi realmente eu que falei no rádio com o Bem-Te-Vi, para negociar os cachês dos shows e acertar os eventos do fim do ano, pois ele gosta muito do Kiloucura - disse o cantor.

Segundo os investigadores, Gerson falava freqüentemente com Bem-Te-Vi:

- Houve outras ligações. Gerson Dupan esclareceu tudo. O cantor tinha o número do rádio do traficante - afirmou o delegado Luís Alberto Andrade.

O pagodeiro Gerson Dupan se disse surpreso com a possibilidade de ser indiciado por associação para o tráfico. Ele afirmou que não tem nenhuma ligação com traficantes.

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