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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), classificou nesta segunda-feira (1) como "impossível" concluir em 2008 a votação da reforma tributária na Casa sem um acordo entre governo e oposição. PSDB, DEM e PPS desejam deixar o tema para o próximo ano e prometem obstruir os trabalhos se a base aliada insistir em votar já. Caberá a Chinaglia a decisão de pautar ou não o projeto.

"Havendo obstrução leva muitas semanas para votar a reforma tributária. Se escolhermos este caminho, no máximo começaremos a discussão e a votação porque concluir é impossível", disse o petista.

Nesta terça-feira (2), líderes do governo e da oposição discutem a possibilidade do adiamento. Caso não haja acordo, Chinaglia terá que decidir se o tema entra ou não na pauta da Câmara.

Além de considerar impossível a aprovação da reforma, o petista listou outros dez projetos que considera importantes e aguardam votação na Casa. Entre eles, a Proposta de Emenda à Constituição que trata do trabalho escravo, o aumento de recursos da Educação com a retirada da Desvinculação das Receitas da União (DRU) e a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), substituta da extinta CPMF.

Convocação extraordinária O petista se mostrou favorável a uma convocação extraordinária do Congresso para janeiro, seja para a votação da reforma tributária ou de outras propostas. Ele afirmou não ter ainda conversado com Garibaldi, que defendeu a convocação só se houver um consenso sobre a reforma. "Me agradaria ter a convocação, mas não posso criar expectativa", disse Chinaglia.

Enquanto discute o futuro, a Câmara não conseguiu realizar votações nesta segunda-feira. Chinaglia chamou uma sessão extraordinária para tentar avançar na votação da Medida Provisória 440, que sofreu alterações no Senado e tranca a pauta da Câmara.

A estratégia fracassou: apenas 228 dos 513 deputados compareceram, quando é necessária a presença de pelo menos metade para haver deliberação. Com o mesmo intuito, o presidente da Câmara chamou nova sessão extraordinária para a manhã desta terça-feira.

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