O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (30), em Belém (PA), que caberá ao Judiciário resolver o impasse sobre a extradição e o refúgio político do ex-ativista italiano Césare Battisti, acusado de terrorismo em seu país. O presidente afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema será respeitada.
"A Itália tem o direito de recorrer ao poder Judiciário. É o direito dela. Na hora que a Justiça tomar a decisão, seja qual for ela, nós não discutimos mais e respeitamos a decisão", afirmou o presidente.
Lula destacou que a decisão tomada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder refúgio a Battisti aconteceu dentro das normas brasileiras. "Acho que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, resumiu bem na nota que publicou. Há uma decisão tomada pelo ministro da Justiça, a quem era de direito tomar esta decisão. É importante que as pessoas respeitem as decisões soberanas de cada país". Na nota, Berlusconi disse que a Itália fará o possível para conseguir a extradição.
O presidente brasileiro afirmou ainda que a relação entre os dois países é de irmandade e destacou o fato de quase 30 milhões de descendentes de italianos vivem no Brasil. "É importante dizer que a relação entre Itália e Brasil é inabalável. Temos uma relação de mais de um século. Temos, no Brasil, aproximadamente, 30 milhões de pessoas descendentes de italianos. Não é um problema que vai abalar uma relação quase que inquebrantável."
Lula está em Belém participando do Fórum Social Mundial e volta nesta sexta para Brasília.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Deixe sua opinião