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Governo estadual

Para Richa, críticas sobre nepotismo são “inconsistentes”

Governador esteve ontem na Assembleia e defendeu nomeação de Luiz Claudio Romanelli (PMDB), ex-líder de Requião no Legislativo estadual, para a Secretaria do Trabalho

“Estamos avaliando uma secretaria para o Gustavo [Fruet]. Ele terá uma boa estrutura dentro do governo para nos ajudar. É um nome importante, com capacidade e competência.” | Walter Alves/Gazeta do Povo
“Estamos avaliando uma secretaria para o Gustavo [Fruet]. Ele terá uma boa estrutura dentro do governo para nos ajudar. É um nome importante, com capacidade e competência.” (Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo)

Em sua primeira visita à Assembleia Legislativa do Paraná como governador eleito, Beto Richa (PSDB) tentou justificar a aliança fechada com parte da bancada do PMDB na Casa nas negociações para a formação do futuro governo. Questionado a respeito da nomeação para a Secretaria do Trabalho do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), ex-líder do governo Roberto Requião (PMDB) no Legislativo estadual, o tucano afirmou que todos que concordarem com suas propostas são bem-vindos como aliados.Já em relação ao fato de ter nomeado parentes para o primeiro escalão do governo – o irmão, José "Pepe" Richa Filho, como secretário de Infraestrutura e Logística, e a esposa, Fernanda Richa, como secretária da Família e Assistência Social –, Richa afirmou que as críticas que vem recebendo são inconsistentes. "Quem é que não quer a Fernanda como secretária? Ela tem capacidade comprovada para isso", rebateu o futuro governador, acompanhado do prefeito de Curitiba e seu aliado, Luciano Ducci (PSB). Na prática, o nepotismo praticado por Richa é "legal", uma vez que cargos políticos, como os de secretários de Estado e ministros, são os únicos que podem ser ocupados por parentes do chefe do Executivo sem realização de concurso, segundo a Súmula Vinculante 13, do Supremo Tribunal Federal.

PMDB no governo

"Esse entendimento busca termos apoio na Assembleia. O PMDB é a maior bancada e uma grande força para contribuir com um bom governo para o estado. Aceito o apoio deles para construirmos um novo Paraná. Quem concorda com esse novo momento e com nossas propostas são bem-vindos. Além disso, nenhum nome foi colocado [no secretariado] sem observar a competência, o preparo e a seriedade. Nós implantaremos o contrato de gestão no governo e todos os secretários terão metas a cumprir."

Parentes no secretariado

"Não dou bola [a essas críticas]. São críticas inconsistentes. É só perguntar aos curitibanos nas ruas. Quem é que não quer a Fernanda como secretária? É praxe a primeira-dama ocupar a pasta social. Ela tem capacidade comprovada para isso."

Falta de oposição ao Exe­­­cutivo estadual

"Governar nunca é fácil. É um grande desafio. Isso se faz com habilidade, bom entendimento e boas práticas administrativas. Quero fazer uma gestão democrática e com transparência. Governar em harmonia é muito mais fácil, assim como pude fazer na prefeitura de Curitiba em relação à Câmara de Verea­­dores. Quero reproduzir essa parceria com a Assembleia, respeitando a importância desse poder."

Dos 54 deputados, apenas os sete do PT farão oposição de forma oficial a Richa.

Fruet no secretariado

"Estamos avaliando uma secretaria para o Gustavo [Fruet]. Ele terá uma boa estrutura dentro do governo para nos ajudar. É um nome importante, com capacidade e competência. (...) Não atrapalha em nada esse processo [o fato de ele poder disputar a prefeitura de Curitiba em 2012 contra o atual prefeito, Luciano Ducci]. É muito cedo para antecipar essa discussão. Essa exposição não interessa nem ao Gustavo neste momento."

Tido como um dos nomes mais fortes do PSDB do Paraná, o deputado federal Gustavo Fruet ainda não foi indicado para nenhuma secretaria, apesar de restarem poucas opções – a maioria sem papel de destaque no governo. Fruet ficou em terceiro na disputa das duas vagas do Paraná no Senado e não terá mandato a partir de 2011.

Oposição ao governo Dilma

"Não cabe ao Executivo esse papel de oposição. Ao contrário, precisamos buscar uma relação republicana, assim como fiz com o governo federal à frente da prefeitura de Curitiba. Cabe aos parlamentares essa prerrogativa [de fazer oposição]. O PSDB fará uma oposição afirmativa e construtiva."

Nesta semana, os oito governadores eleitos pelo PSDB decidiram, durante encontro em Ma­­ceió (AL), não fazer oposição à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Esse papel, segundo os governadores tucanos, caberá aos congressistas, em Brasília.

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