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"Bancada da multa"

Parlamentar que causou acidente responde a seis ações no TRE

O deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB) – envolvido no acidente que deixou dois jovens mortos em Curitiba – responde a seis processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Em três deles, a Polícia Federal (PF) determinou a instauração de inquérito para investigar eventuais irregularidades cometidas pelo parlamentar. Todos dizem respeito à campanha eleitoral que elegeu Carli Filho em 2007.

O pai do parlamentar e prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli (PP), também é investigado em dois inquéritos. Em um deles, é acusado de ceder servidores municipais, durante o horário de trabalho, para fazerem campanha para o filho. Além disso, os dois teriam feito propaganda irregular ao utilizarem símbolos e imagens alusivos à prefeitura e ao município de Guarapuava. O terceiro inquérito policial investiga o fato de Carli Filho ter dado calcário a agricultores, em troca de votos. Os três processos estão na Procuradoria Regional Eleitoral.

Cassação

Na Assembleia, o deputado do PSB enfrenta um pedido de cassação por quebra de decoro. Carli Filho recebeu a notificação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e tem até a próxima semana para prestar explicações sobre o fato de dirigir embriagado e com a habilitação suspensa quando se envolveu no acidente.

Até agora, a assessoria do parlamentar não informou o nome do advogado que irá defendê-lo no caso. O deputado continua internado na capital paulista e ainda não tem previsão de alta.

Expulsão

Carli Filho também pode ser expulso do partido. Hoje vence o prazo para que ele apresente defesa ao Conselho de Ética do PSB. Segundo o presidente estadual da legenda, Severino Araújo, se Carli Filho não apresentar defesa, o partido enviará uma nova notificação por meio de Aviso de Recebimento (AR), que poderá ser recebida por qualquer pessoa no endereço oficial do deputado. Nesse caso, ele terá novamente dez dias para se defender.

Outra opção é publicar a notificação em edital na imprensa oficial e, depois de oito dias, o processo poderá correr à revelia. "Não podemos prejudicar o direito de defesa do deputado nem dar brechas para que o processo seja considerado nulo mais para frente", afirmou. "Mas, hoje, não vejo condições de ele permanecer no partido."

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