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Seis presidentes de partidos da base aliada do governo divulgaram nesta quinta-feira (20) uma nota criticando a oposição por analisar a possibilidade pedir ao Ministério Público que investigue o envolvimento do ex-presidente Lula no mensalão. PT, PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB afirmam repudiar os dirigentes do PSDB, DEM e PPS por tentar "comprometer a honra e a dignidade" de Lula.

Na terça (18), a oposição decidiu esperar o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar investigações da Procuradoria-Geral da República.

A decisão veio depois que a revista "Veja" publicou reportagem em que atribui ao publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, a revelação de que Lula era o "chefe" do esquema e teria desviado, segundo a revista, R$ 350 milhões.

"Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação", afirma a nota de hoje divulgada pelos partidos da base.O texto é assinado pelos presidentes dos partidos Rui Falcão (PT), Eduardo Campos (PSB), Valdir Raupp (PMDB), Renato Rabelo (PC do B), Carlos Lupi (PDT) e Marcos Pereira (PRB).

"As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova."

Segundo os partidos da base, o gesto é "fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado".

As siglas ainda comparam o caso de Lula com o dos presidentes Getúlio Vargas, em 1954, e João Goulart, em 1964."O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos."

Os partidos dizem também que a oposição quer pressionar o Supremo no julgamento do mensalão e confundir a opinião pública. De acordo com eles, a preocupação é transformar o caso em um julgamento político. "A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo", finaliza o texto.

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