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BRASÍLIA - Os partidos estão em compasso de espera pela queda do sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Lideranças partidárias aguardam a divulgação da lista, o que deve acontecer até o final da semana, para definir estratégias políticas a serem adotadas. “Queremos agora que seja retirado o sigilo. Não dá para trabalhar em cima de conjecturas”, afirmou líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ).

O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), foi na mesma linha. Ele afirmou ser contra o vazamento de informações, mas disse que a divulgação das informações após o despacho do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, permitirá que os acusados tenham elementos para se defender:

“Sou contra falar antecipadamente. O Janot fez o trabalho dele. Agora o Supremo dá o veredito. O Teori tem que lavrar uma ata. Foi pedido abertura de inquérito contra 54 pessoas. Ele (Teori) vai decidir se acata ou não. Com isso, as pessoas vão ter como se defender”.

Tesoureiro do PSDB, o deputado Rodrigo de Castro (MG) afirmou que o partido será cauteloso nos pedidos de investigação no Conselho de Ética da Câmara:

“Só encaminharemos para o Conselho de Ética quando houver provas robustas”, afirmou ele, após reunião da bancada tucana.

A bancada do PPS na Câmara decidiu, nesta quarta-feira, que vai ingressar com representações na Corregedoria da Casa e no Conselho de Ética do Senado, pedindo a investigação de eventual quebra de decoro contra todos os parlamentares que tiverem pedido de abertura de inquérito aceito pelo STF. Também pretendem pedir o afastamento das funções nas Mesas da Câmara, Senado e na CPI da Petrobras de todos os deputados e senadores que estiverem sendo investigados na Operação Lava-Jato. Os deputados do PPS também decidiram encaminhar representação para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra todos os investigados que atuem no Executivo, pedindo o afastamento imediato dos que ocuparem cargos de chefia e direção.

“As medidas, ressaltamos, não têm o objetivo de prejulgar quem quer que seja. Servem, a nosso ver, como mais um espaço de manifestação pública e transparente para aqueles que, porventura, se julgarem perseguidos politicamente, possibilitando-lhes o mais amplo direito de defesa”, afirma nota divulgada pela bancada do PPS.

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