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Paulo Roberto Costa (encapuzado) é escoltado por policiais federais no Rio de Janeiro | Fernando Frazão/Agência Brasil
Paulo Roberto Costa (encapuzado) é escoltado por policiais federais no Rio de Janeiro| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso novamente nesta quarta-feira no Rio de Janeiro (RJ). A prisão foi determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em provas de que Costa possui milhões de dólares ocultos no exterior. Essas informações foram obtidas mediante cooperação internacional entre o MPF e o Ministério Público da Suíça.

A prisão foi fundamentada na acusação de que havia risco de fuga. Costa escondeu da polícia que tinha um passaporte português e contas na Suíça com saldo de US$ 23 milhões. Ele havia sido solto pelo ministro Teori Zavascki após passar 59 dias na prisão no âmbito da Operação Lava Jato. A Suíça bloqueou os US$ 23 mi do ex-diretor da Petrobras.

O ex-diretor já havia sido preso em março pela PF, sob acusação de tentar ocultar provas. Em entrevista à Folha de S.Paulo, feita no dia 30 de maio, Costa negou que tivesse contas no exterior. As contas atribuídas a Costa e a seus familiares estavam em nome de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais, um recurso usado para dificultar que as autoridades encontrem e sequestrem os valores.

Costa chegou na tarde desta quarta-feira na sede da Polícia Federal, na zona portuária do Rio, acompanhado de três advogados, que não falaram com a imprensa. Ele será conduzido a Curitiba, mas ainda não há confirmação do horário ou se a transferência será com avião da corporação.

Bloqueio

A Suíça bloqueou US$ 23 milhões (R$ 51,3 milhões) em contas que são atribuídas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo informação do Ministério Público daquele país enviada às autoridades brasileiras. No total, foram bloqueados US$ 28 milhões. Os US$ 5 milhões restantes são de familiares do ex-diretor da Petrobras e do doleiro Alberto Youssef.

O bloqueio foi pedido pelo Ministério Público da Confederação Suíça, por suspeitar que as contas foram alimentadas com recursos desviados da Petrobras, durante a construção da refinaria Abreu e Lima. Costa era um dos responsáveis pela obra por sido diretor de abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012.

A estimativa inicial para o custo da refinaria era de US$ 2,5 bilhões, mas a obra deve superar os US$ 18 bilhões. O ex-diretor foi preso pela Polícia Federal em março, ficou 59 dias detido e é réu num processo sob acusação de ter desviado dinheiro da refinaria.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, feita no dia 30 de maio, Costa negou que tivesse contas no exterior. Entre os documentos apreendidos pela PF no escritório de Youssef, havia documentos de uma conta no banco PKB.

Tanto as contas atribuídas a Costa como a de seus familiares e de Youssef estavam em nome de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais, um recurso usado para dificultar que as autoridades encontrem e sequestrem os valores.

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